No dia seguinte, no ônibus, vejo um cara com seu amigo gay, ambos afeminados, e lembrei que ele trabalhava no mercado e morava na mesma rua que a minha. Ele puxou assunto e descobriu que eu era gay e estava indo na mesma balada. Os dois passearam com os olhos pelo meu corpo. Na porta revejo o cara que fiquei da outra vez, que nos catamos no banheiro e que tinha um bafo de vodca horroroso que eu prendia a respiração, até hoje não posso ver vodca na minha frente, rs. Os rapazes acharam ele bonito, quando comentei que tinha ficado com ele, só que não queria mais, nem ligar eu liguei. E ele também fez carão a noite toda, fingindo nem me ver, deve ter ficado bravo. Outros daqui estavam lá, inclusive o Daniel, que veio puxar assunto comigo e ficava apresentando a “irmã” dele, que na verdade era um rapaz lindo de cavanhaque, sorriso lindo. Eu só brinquei: “ é linda sua irmã”, ele ficou tímido, mas percebi que estavam me caçando no terraço. Uma hora ele passou por mim e tive a iniciativa de passar a mão na sua barba, que retribuiu com um sorriso. Ele dançava muito animado no palco do polidance.
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