quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Balada 32



Daí quando soube que eu era gay, acho que até queria, só não fez porque a amiga dele hetero é que pediu pra perguntar e queria me beijar. Então estava explicado, não estou catando ninguém na balada e ninguém chega em mim porque estou com cara de hetero. Por isso que havia umas travestis me secando, investigando com os olhos se eu era gay, elas bem que xavecaram um loiro que dizia “ser homem”, não curte caras, ou seja é mais um hetero t-lover, por que deixava elas ficarem passando a mão nele. Só sei que me diverti com os amigos, mas não deu em nada, fiquei com vontade de beijar alguém, nem aproveitei o carnaval. Acabei voltando lá na mesma semana para o show do Léo Aquila, fui com gripe, com o maior temporal dentro do ônibus que só via o vidro embaçado, molhado, refletindo os faróis do escuro e eu com resfriado e muito sono que mal dormi na noite passada. Parecia um pesadelo, mas alguma coisa me dizia pra ir, apesar de tanto empecilhos dessa vez eu tinha que beijar. No ônibus lotou de uma dúzia indo pra lá, inclusive descobri que o carinha que passei a mão era daqui também, mas sabe como é balada né, numa semana você e na outra finge que nunca rolou nada.

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