segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Balada 17


Agora o Rafael não presta. Fingiu que precisava parar num posto pra ir ao banheiro, mas lá só tinha gente esquisita, uns nóias da madrugada, que deve ter informado ele sobre um moleque. Ficou num bairro desconhecido fazendo meu carona dar voltas e voltas numa praça enorme e abandonada, como certeza traficante de menor, pra não ser pego. Não havia ninguém, ainda bem, porque me senti num filme policial e ele ainda disse que a polícia vive o parando. Meu carona também foi de inocente nesta história e isso é bom pra eu ver que tipo de gente é ele, fazendo a linha boyzinho que compra droga e curte raves caríssimas. Enfim, levamos eles nas suas casas, o Rafael parecia morar com o cabeleireiro e o delicioso do Cláudio desceu sozinho. Meu amigo contou que já ficou com o gostosão, que é mais um pendurado nos chats, que saíram pra transar, ele fez passivo, só era fresco e não queria piercing na língua pra beijar. Vim embora com o dia amanhecendo. No dia seguinte eu estava com repulsa de homem de novo, não conseguia relembrar os momentos com o Carlos e reviver, só depois de alguns dias que relaxei. No outro sábado, me cutucaram pra sair novamente, como a lua estava cheia e o tempo quente, por que não curtir a noite novamente?

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