sábado, 25 de fevereiro de 2012

Balada 28


Eu disse: tá bom né, mas para o carro. Ele não podia parar num lugar mais escuro?, morri de vergonha. E aí beijei meio de dó, já que ele estava afim de me catar faz tempo. Me beijou e eu preso no cinto de segurança. De repente, sinto da boca dele que parecia que estava descendo um monte de paralelepípedos. Esqueci que tinha piercing e não gosto não. Ele está ficando cheio de piercings e tatuado. Mas ainda considero este como beijo roubado, ainda não beijei um cara daqui pra valer. Depois ele mexeu com uma lésbica parada no semáforo, que doida, estava de vidro aberto e podia ser um assalto, mas devia ser sem noção. Na hora de me despedir já nem dou mais beijo no rosto dele, é muito sem graça. Mas ele sabe que eu não sou desses que está a fim só de sexo, que sou sério. Estes mais safados vivem pegando todos os que dão mole, depois ficam hipnotizados quando um não é tão fácil assim pra eles, e querem ficar conquistando. Cheguei em casa e fui lavar a boca com cepacol, pois lembrei que ele ficou com um monte e ainda aquele cara no banheiro, que perguntei antes se ele não tinha feito oral nele. Sempre volto rouco da balada, de tanto conversar alto sem perceber por causa do som.

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