sábado, 10 de dezembro de 2011

Parada Local part.2


Em nenhum momento da parada daqui este ano pensei no ex, sinal de que já estou superando. Dei uma volta no quarteirão e fui até a rodoviária pra ver se meu amigo tinha vindo de ônibus. No caminho, uns new-face que não deviam ser daqui passavam, e um grupo que fazia a segurança de carro, ficaram me olhando, como se fosse novidade eu ser gay e estar ali, era sinal de que era. Na rodoviária mais gays chegavam. Voltei pra concentração pelo outro lado, uns da rua de baixo da minha casa estavam no bar e sentei num praça. Um daqui do bairro que desconfio que seja veio me cumprimentar e perguntou o que eu estava fazendo perdido ali. Só disse que estava esperando um amigo e ele foi embora. Outros adultos que vive por ali de bobeira ou fazendo pegação discreta também ficaram assistindo. Aquela travesti loira de olhos verdes, magra e alta que passou uma pluma que enroscou em mim lá em Jund também veio com uma amiga travesti e chamavam a atenção. Carros passavam com pessoas curiosas que nem sabiam que era dia de parada, inclusive os ônibus tinham que mudar de percurso por a avenida estar fechada e as pessoas dentro ficavam de pé pra ver a parada. Acho que algumas nem sabiam que esta já era o 4ª edição. Uns caras gostosinhos de moto paravam encostados no muro pra ver a concentração. Podiam serem gays que nem aparentam ou então simpatizantes só pra ver o evento como um carnaval, porque muito estranho ficarem ali, os homofóbicos mesmo sequer saem de casa neste dia ou passam nas proximidades. Algumas caras carimbadas de outras paradas também estavam.

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