segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Parada Campinas Penúltima Parte


Ele estava pegador e as pessoas sentiam isso e iam atrás dele,que disse que nunca ficou com alguém assim na parada, só pegava geral. Depois sugeri que fossemos dar uma volta e fomos namorar na escadaria de um prédio público, onde vários outros casais gays e lésbicas também namoravam. Ele sentou-se atrás de mim e fiquei de costas entre as pernas dele. Nossa, que carinhoso, além dos beijos me deixou excitado. Começou a beijar minha orelha, minha nuca, me soprar, fez massagem. Dava leves mordidas nas minhas costas, passava a mão no meu peito, foi muito bom. Passei a mão nas pernas dele mas não tive tesão, acho que eu gosto é de textura, de pele e ele estava ressecado de tanto que virou em balada. Ele me arrepiou com os beijos na orelha, nem acreditei. Quando noto, um cara chega e começa a arrumar uma trouxinha do lado. Na hora pensei que ia ser homofóbico com a gente. O moço devia ter uns 38 anos, esticou uma coberta e se deitou ali ao relento, ainda de olhos abertos por causa da parada. Cortou o coração, eu achando que era um bêbado que ia nos discriminar nos pegando na escadaria, na verdade era um mendigo jovem, que dormia ali aonde nós estávamos e sequer implicou com a gente, sequer olhou feio. Deu dó porque vi que ele era jovem e devia estar ali por falta de sorte na vida, e devia estar acostumado a dormir ali e mesmo nós, sem saber que ali era a marquise que ele escolheu pra se abrigar no tempo, ele não se incomodou, ou seja, tanto aceitava os gays na praça, como se tirassem o lugar dele, a única coisa que tinha, estava de boa.

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