sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.11


Uma hora vi um muito parecido com meu ex, fiquei olhando e depois e pensei: “deus, por favor, joga sal grosso, faz uma sessão de descarrego, chega de ficar preso com sentimentos a ele”. No final do percurso, não sei se era travesti ou mulher mesmo, mas vi uma agachando no mato, não muito longe da calçada, tirando a calcinha e aquela busanfa, não queria olhar, só faltava ela querer cagar ali. Vi as performances das drags e uma trupe da capital, representando deuses gregos, num musical “está chovendo homem” cheio de erotismo, guerra de espadas, chupadas, beijos, numa campanha contra dsts. Achei um pouco exagerado e vulgar. Depois um dos dançarinos me paquerou, eu estava sendo paquerado até por quem se apresentava, rs. Revi aquele gogo de olhos verdes e aquele loiraço que também estava na daqui e na de Campinas. Caramba, ele não pode ser contratado pra estar nas paradas, porque nem sequer sobe nos trios. Fica lá com os amigos, se exibindo sem camisa, não dá pra entender, não o vejo olhando pra homem. Resolvi andar pela avenida até a estação, que levava uns 20 minutos. Sorte porque assim que cheguei caiu mais uma pancada de chuva e lá não tinha onde se abrigar. Não tinha beijado ninguém até aquela hora e as pessoas foram chegando na estação, como se todo mundo estivesse indo embora. Um moleque passou me paquerando e ainda olhou pra trás quando seguia pra estação. Ele ficou feliz da vida por eu ter olhado pra ele, se contentou, nem precisava me beijar. Um grupo de heteros parou do meu lado, um deles até dei umas olhadas e ele me reconheceu, mas cada um na sua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário