quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Parada Jund. 2011 part.2


Pelo menos dessa vez consegui ir sentado e o ônibus lotou, pelo menos contei uns 30 gays e lésbicas daqui. Uma algazarra de mp3 alto que até o motorista veio pedir silêncio, não se foi por preconceito ou por que atrapalharia ele dirigir, mas também na volta fizeram mais bagunça ainda, meninas gritando ardido, tenha dó, não é um ônibus de excursão, outros passageiros devem estar voltando cansados do trabalho. Logo vi um bonito na fila, achei que fosse, mas aparentemente não estava indo na parada. Pra meu desespero ele parou de pé do lado do banco onde eu estava. Dei umas espichadas pra ver o gato, e não é que me dava umas olhadas discretas também. Parecia o super homem discreto, de óculos de grau, olhos castanhos lindo, rosto quadrado com barba rala e um corpão grande, que reparei que tinha o peito peludo. Não sei se percebeu que era dia de parada e por isso dava aquelas olhadas só pra descobrir se eu também era gay. Mas o olhar dele, sei não, parecia ter me achado bonito. Uma hora o lugar do meu lado ficou vazio e ele sentou. Aiai, só faltou eu tremer, altão, corpão, encostado no meu. Não sei porque mas parecia que ele não estava olhando a paisagem mas virava pra olhar meu rosto. Foi quando, de repente, sinto um cutucão do cotovelo dele. Jesus, o cara estava querendo puxar assunto e comentou de um tiozinho que estava bêbado no ônibus. Aquilo foi uma tentativa de se aproximar de mim ou de escutar minha voz. Depois de um tempo, ele ficou de pé e parecia que ia descer, mas não desceu, acho que estava esperando pra ver se eu ia descer próximo a parada...

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