quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Parada Campinas part.5


Não tinha beijando ninguém ainda e o abre alas foi com mulher. Apareceu um casal de moços lindos, sarados, vestidos de chapéu de cow-boy que lembravam Brokeback Mountain. Nem acreditava que estava vendo dois machos de barba, o outro um pouco grisalho, gatos, viris de mãos dadas. Todo mundo olhava pois chamava a atenção. Tem fatos que aconteceram mas já nem lembro mais se é deste ano ou da edição do ano passado que já tenha contato aqui. O legal foi um cara tipo gogoboy, moreno chocolate, sem camisa, só de peitão e chapéu country também, com uma calça jeans surrada. Admirei ele mas na certa era hetero. Acontece que um carinha um pouco afeminado mais cara de pau, chegou nele, puscou assunto (que ele respondeu simpático). Eu só assistindo do outro lado da rua. Aí o carinha pediu um beijo nele e foi chegando junto ao peitoral dele. E ele só dizendo que não, que era hetero, que não curtia. O gay insistente pediu então só um selinho. E não é que o cara topou e deu um selinho. Nossa, meu pau subiu na hora com a cena, estava praticamente vendo um hetero dando seu 1º beijo num homem. Estes heteros estão flex que só. Parei numa praça e vi uns carinhas daqui, depois tava um cheiro de minjo e passei numa viela que parecia cena de filme de ação, que inferno, que underground, rs. Era uma rua estreita, cheia de casas coloridas feias e prédios antigos altos, como uma favela urbana, um gueto. Depois já nas ruas mais movimentadas parei numa padaria que estava lotada, pra comer alguma coisa e usar o banheiro...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Parada Campinas part.4


O movimento da parada estava estranho, nem achei tão lotada quanto o não anterior. Revi aquele cara que parece modelo, com uma menina de mãos dadas. Primeiro achei que fosse hetero mesmo, mas estranho por ir na parada de novo. Só que no final o vi catando um menino, só tinha dado a mão para a amiga, ou como muitos fazem pra disfarçar sua sexualidade. Também revi meu xará, ele tenta se aproximar, cumprimentar na mão, mas sei lá, parece que quer me beijar, já é o 3º ano consecutivo que o vejo lá, qualquer hora o beijo mesmo, mas por ser da mesma cidade, receio que depois ele queira me namorar. Durante o percurso, alguém bate nas minhas costas, quando me viro é uma moça com um amigo, perguntando se eu era hetero. Mas será que nem com a fita de arco-íris no braço que eu coloco pra dizer “sou gay” as pessoas ainda não acreditam? Acabei respondendo pra garota, que não era, que sou bi. E ela quis me beijar. Dei um beijão nela e até que foi bom, só não gostei do piercing na língua que depois senti. Parei de beijar e ela ainda ficou um tempão segurando no meu ombro, me olhando como quem gostaria de bis e apenas disse “bom demais”. Uma coisa estou percebendo que tenho talento pra beijar, sem falsa modéstia, sempre eu quem tenho que parar o beijo, senão os caras moram na minha boca e agora, até mulher gostou do meu beijo? Acho que no fundo ela adorou ter beijado um bissexual na cabeça dela ou então nunca ficou com um gay e achou tão gostoso ou até melhor que se beijasse um hetero. Mas depois ficou com aquele ar de mulher que não consegue só beijar, já quer namorar o cara que beijou, então dei um jeito de me desvencilhar dela.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Parada Campinas part.3


Fui pra perto do trio elétrico e quando deparo, na minha frente, desce o Serginho ex-bbb, parecendo o Boy Jorge. As pessoas o reconhecem e começam sem parar a querer tirar fotos com ele. Aí vi um grupo de lindos, com uma camiseta em comum com algum tipo de mensagem. Um estava de ray-ban e tinha o corpo gostoso, mas tirando o óculos nem era tão bonito. Bem que fiquei olhando e ele percebeu, mas não tive coragem de chegar nele, afinal, parece que quando a pessoa está com os amigos ela se fecha ou pode ficar tímida, em ficar com outros na frente deles. Fui pro outro lado da rua e no meio da multidão, um negro me seca. Parei num canto e quando vi, aquele mesmo loiro da parada daqui e de outros lugares. Conclui que ele deve ser eletrosexual, rs, desses que vão na parada por causa de música eletrônica, porque não parece gay, está bombado sem camisa, lindo de olhos verdes, no vídeo dá até pra ver ele. Nunca o vi com homem, um mulher e nem travesti, porque tem um macho que toda parada o vejo indo atrás de travestis, t-lovers existem. Léo Aquila também estava no carro e sentou-se atrás virado para o público, super feliz selecionado, era o dia dele. O trio começou a soltar jatos de papel picado colorido para o alto, que os pedaços subiam até os prédios, onde algumas pessoas dançavam e assistiam. Na muvuca saindo, olho pro lado e vejo o Carlos daqui, tipo me olhando como quem diz: “hum, você é gay mesmo”. Bom, depois das últimas paradas desse ano, mudei muito meu sentimento na parada, não me constrange nem um pouco encontrar alguém da minha cidade, não to mais escondendo que sou gay e nem ligando se alguém aqui sabe ou não.

domingo, 27 de novembro de 2011

Parada Campinas part.2


Já vi um perambulando daqui por lá, mas não vi muitos gays na rodoviária. Fiquei andando de cá pra lá e sentei na praça da concentração perto de um ponto de ônibus, onde um casal hetero conversava. A moça disse: “Em SP teve semana passada, 3 milhões de pessoas”. E eu corrigi:”4 milhões”. Depois outras pessoas conversando, sem ser homofóbicas mas com aqueles chavões sem noção, o cara falou pra mulher: “É bom, assim sobra mais mulher” Idiota, se tiver mais gay a proporção pra mais lésbica é igual, pro machão dizer que sobra mais mulher. Sentei num banco sozinho e chegou um senhor aparentemente hetero, que não tinha o que fazer e estava sentado na praça. Começou a comentar sobre os gays que tem em tudo lugar e os de Campinas estão mais saidinhos. E na conversa esfarrapada quis saber se eu era gay também. Nisso passa o Thiago, de Minas, me reconhece e dá uma parada com os amigos na minha frente pra ver se vou falar com ele. Fingi que nem vi porque ele não só sumiu na época como também estava mais afeminado e eu não ia ficar com ele de novo e deixar passar a possibilidade de conhecer outro mais bacana. Depois no final passei por ele e o cumprimentei, mas aí ele já estava ficando com outro abraçado. Tinha uns bonecos imitando políticos em forma de protesto (ic Bolsonaro), faixas, isso que é legal na parada de lá, é a única que ainda sinto ter uma visão mais política, a de Bragança é só carnaval. Chegaram umas pessoas fantasiadas, um careca, alto, musculoso de homem gato.

sábado, 26 de novembro de 2011

Parada Campinas part.1


Bom galera, estou assumindo novos compromissos na minha vida e vai ficar complicado achar 1 hora pra atualizar o blog. Talvez continue neste formato até completar este ano ou então, vou diminuir os posts ou só colocar fotos e vídeos. Bom, já sabem que se eu demorar muito a postar, gostar das minhas histórias e querer receber atualizações, é só seguir o blogger, como o feed ou preferido, ou então coloque seu email nos comentários pra que eu possa enviar notificação de quando voltar a postar. Se preferir pode colocar a observação depois do e-mail, de que gostaria que ele não permanecesse publicado na página, pois assim que eu ver e anotar seu email, apago dos comentários para sua privacidade se preferir. Começarei a contar agora da parada de Campinas. Uma semana após a de sampa, em que eu fui mais pra tirar o trauma daquele dia de chuva e que fui roubado. Meu amigo estava combinando comigo de irmos juntos na excursão mas só ficou me enrolando que achei melhor ir sozinho mesmo. No ônibus tinha mais gays que ano passado, inclusive o Jean e duas lésbicas que ficaram namorando no fundão, só escutei uns camelôs comentando baixo que eram “sapatões”. E elas não estavam nem aí, falavam alto que eram lésbicas mesmo e uma, até mexeu com um rapaz na rua só pra se sentir desejada. Um grupo de afeminados mais velhos, incluindo aqueles da de Bragança que ficaram me sondando, entraram também, com uns de cabelo comprido. Ainda bem que nem vi depois onde eles desceram. Continuarei estes posts sobre as paradas que fui, mas assumo que já fui em tantas que será difícil de lembrar tantos detalhes como das atuais.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Shelter


Outro filme que gostei demais, mais que o Save-me e acabei assistindo na mesma semana, uma overdose de filmes gays, rs, foi outro com S, o Shelter,que no Brasil se intitula “De Repente Califórnia”, pois se passa naquela cidade. A tradução para shelter seria “abrigo”, pois fala de um rapaz que cuida do sobrinho por que a irmã só pensa no homem dela. Ele se descobre gay e é semelhante ao meu ex relacionamento, tem 20 anos e o outro mais resolvido, tem 30. Também adorei a trilha sonora meio indie e a fotografia do filme, sem falar que os diálogos são sensacionais. As cenas mais românticas que já vi em todos os filmes de temática gls. Dois loiros lindos, surfistas que se apaixonam. Como eu queria um relacionamento assim, movido por paixão, diálogo, carinho e cumplicidade. Os atores são tão bons que parece até que são gays mesmo. Como atores eles tem que se concentrar no texto e passar emoção, por isso até esquecem os tabus de ter que beijar outro homem. Só a cena final que achei que o beijo suave foi meio falso, a não ser que a cena pedia discrição na história, mas percebi que na cena tinha o menino, então só quando a tomada de câmera deu zoom e tirou a criança é que rolou o simples beijo final, acho que pra não ter aqueles moralistas depois falando que fizeram um filme pornô com criança em cena. Mas a cara do ator mirim dá até pra perceber que ele estava consciente de que rolaria um beijo entre dois homens. Gostei tanto de Shelter que assisti as melhores partes 2 vezes e fiquei viajando, ainda mais que nada melhor do que um grande amor e um cenário de praia tranqüila. Como canta Preta Gil: ♫Como Mutante, no fundo sempre sozinho, seguindo o meu caminho, ai de mim que sou romântico Kiss me baby, Kiss me, pena que você não me quis, não me suicidei por um triz, ai de mim que sou assim...♫

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quanta Graça

Lembram do comercial da Nebacetin que incluía os gays já como um novo tipo de família? Agora eles lançaram um jogo, só ainda não sei o que é pra que serve Nebacetin.
E um rapaz gay do meu bairro que outro dia parecia que estava com pequenos seios, será que ele está se descobrindo travesti? Que coisa ridícula, o jornal daqui sequer publicou uma pequena nota sobre a parada que teve domingo. Tudo bem que teve público reduzido e foi prejudicada pela chuva e em seguida, um feriado que só fez com que o jornal não trabalhasse as pautas, só que agora eles vivem destacando dias depois, outros eventos que ocorreram no dia e durante a semana, como o dia da consciência negra e as comemorações religiosas do ação de graças. Quanta hipocrisia, ação de graças nem era lembrado no Brasil a pouco tempo. E o jornal não mencionou a parada antes, como faz o Jornal Bom Dia em outras cidades, sem ser doutrinado por chefes de mente cristã atrasada. Assisti ao filme Save-me, que conta a história da clínica Genesis, rs, que trabalha religiosamente para “curar” gays em nome de Jesus. A abordagem parece com as clínicas para dependentes químicos. Gostei da trilha sonora. Um cara internado acaba se apaixonando por outro dito “ex gay lá”. Tem um que vê os dois se beijando e por isso tenta se matar, pois achou aquilo tão lindo e real, que ele não se considerou capaz de viver pra bancar a sua sexualidade. E a própria criadora da ong teve um filho gay, que morreu não me lembro se do hiv ou por overdose, fugindo para as drogas diante da não aceitação da mãe.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Próxima Parada


O cabeludinho estava com uma namorada também, ou seja, ele me paquerava porque sabia pelo outro que eu era gay, ou são um bando de safados que ficam fingindo serem heteros. O estranho é que o amigo do meu primo não só me olhava, como tem muitos amigos gays, pois alguns vieram pra junto dele com a namorada e ficaram vendo o show do meu lado, eu só escutando as coisas gays que eles falavam. Também teve um outro mulato do meu lado que logo percebi que era gay pela forma como dançava e falava com outros. Que isso, o povo deve ter descoberto que sou gay de tanto ir na parada e resolveram me caçar, ficar perto de mim no show. E como Rogério Flausino é gatinho meu, que graça de homem pequenino, foi muito bom nas músicas românticas. O guitarrista tem um visual gay, com calça justa e topete, o Rogério também tinha hora que dava umas reboladas. Cantaram “Que País é Esse?” do Renato Russo, muito legal, lembrei Insensato Coração e pulei muito. No final, já fiquei imaginando a parada que iria ter, pois eles cantaram a música “Próxima Parada” rs, e com tantas luzes coloridas, na música “Dias Melhores” todo mundo de mãos pra cima na hora que que ele diz:”mãos pra cima quem acredita na parada“ “vivemos esperando, dias melhores, dias de paz”. Vi muitos colírios jovens, que as moças heteros não podem reclamar que está faltando homem. Cada gostosinho nesta geração. Vi um moreno hetero gostoso demais. Na volta também, fiquei de olho num gostosinho, baixo, sozinho, mas num estilo gato perfeito.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Do seu lado


Dois dias após a parada fui no show do Jota Quest. Minha nossa, parecia que aconteceu mais coisa lá do que na parada. Primeiro que só tinha gato. Parei perto do palco e avistei alguns amigos que fingiram não me ver, e aquela lésbica que conversou comigo lá. Ela acenava de longe, mas eu não tinha percebido, porque reparava, no que estava logo atrás dela, porque vi que estava na turma. Era o Rafael, lindo, lá em Jund ele bem que me viu, reconheceu mas disfarçou. Depois, uma hora trocamos olhares, que nervoso.Imagine um lindo, alto de olhos verdes, trocando olhares comigo, outro alto, no meio de uma multidão que aguardava o show. Foi surreal, não sei se ele me reconheceu do msn, ou só olhou porque captou que eu era gay. Depois tentamos várias vezes um olhar para o outro, só faltava o safado ficar bem ali do lado na hora que tocar a música que fala “pra ver que olhar só pra dentro é o maior disperdício, seu amor, pode estar, do seu lado”. Coincidência ou não, o amigo do meu primo que eu desconfiava, resolveu que parecia de propósito, com tanto lugar pra assistir o show, foi ficar do meu lado com a namorada. O pior é que o cara ficou um pouco a frente na minha diagonal e toda hora ficava me olhando, que até a namorada desconfiou e me observava. Parecia que ele estava mais interessado em mim do que nela, e olha que ele ficou num amasso só, bem típico de gays enrustidos que tentam extravasar suas repressões sexuais. Depois quem ele cumprimenta logo mais a frente, também com sua namorada? O cabeludinho desgraçado, rs...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Parada Jund. 2011 Final

Vídeo de encerramento da parada de Jund:
No feriado seguinte, vi aquele moreno do ônibus, mais lindo e viril, ninguém diz que é gay. Olhei pra ele, que ficou disfarçando que nunca me viu na vida. No dia seguinte vejo a peste denovo, mas tem voz afeminada, escutei ele conversando com uma, e no ônibus, um que sentou com ele perguntou “mas você não tem namorado?” e ele: “eu tenho”. Não sei se era o mesmo que ele tava catando ou se ele é mais um galinha. O Sílvio contou que foi na parada, que os amigos dele o arrastaram, que parece que me viu lá, só que como estava bêbado, ele ia me agarrar quando o amigo dele o segurou. Eu não o vi e se vi, nem reconheci por ele estar de óculos escuro. Eu que não ia ficar com um bêbado e foi melhor assim, pra eu não ter mais impressões negativas dele. Esse lado dele de zoar e beber eu desconhecia, pra quem disse que queria me namorar e ficar comigo na parada... estava lá sendo bolinado por outros e nem sequer quis me conhecer. E ele dizia que nunca mais iria em outra parada. Contou que cansou de ser bonzinho e bobo dos caras que ele gosta mas que não querem nada sério, resolveu ser pegador igual. Enfim, pra ele provar que foi na parada mesmo, colocou fotos no perfil dele. Quando entrei pra ver, o danado tinha uma foto que aparecia ele abraçado com sua galera e eu ao fundo. Parecia até que ele tirou de propósito, não quis chegar em mim ou não tinha certeza que era eu, e acabou tirando foto. Apareço de azul e boné. Ele disse que foi sem querer. Mas já percebi que ele não é do tipo sincero, fica mentindo ou enrolando e não quero outro carretel na minha vida.

domingo, 20 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 Penúltima Parte

Ontem foi dia do homem, mas comemorar hoje com eles, tô na parada de Bragança,rs


O ônibus encheu de gays e lésbicas, que gritavam “quem é gay levanta a mão”. Sentou uma lésbica do meu lado e do lado do Cacá, um jovem gay, que demorava horas pra desenrolar os fios do fone do celular, que o Cacá ficou olhando sem parar, kk. Como é observador! Vi uma garota que até pensei que era do meu bairro, mas era só parecida, ela é lésbica. Quando sai do ônibus, vi o Jean subindo a rua, como já o vi outra vez no meu bairro, comecei a deduzir que ele morava lá. E não é que eu corri e vi ele entrar na casa dele. Mora na rua de baixo da minha, é gostosinho mas afeminado. Mas foi muito boa a parada, agora vou terminar contando repercussão. O Clau disse que gostou de mim, me achou alto e vive me chamando de príncipe. O Cris ficou sabendo através dele que o vi e não fui cumprimentar, ficou bravo. Eu disse que ele é que estava estranho, me bloqueando no msn, achei que estava chateado com o lance do Sílvio. Quem diria, meu amigo tomou coragem, nem na de São Paulo ele ia com medo de encontrar conhecidos, o que dizer da sua cidade. Bom, agora ele é assumido pra família pelo menos, não sei se para o filho. Mas ele demorou, porque foi casado com mulher, se separou a uns 3 anos, começou a sair e só quando a irmã dele pegou coisas gays no notebook é que ele teve que abrir o jogo, ela contou pra mãe que disse que já desconfiava.

sábado, 19 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 Antepenúltima Parte


Vi chegando de guarda chuva na fila, o mesmo branquinho delícia da ida na viagem, ele ainda me deu umas olhadas, mas acho que porque fiquei olhando pra ver se me correspondia. Que lindo! Nisso uma conhecida dele, que era lésbica e estava pegando a namorada ali, o viu e disse: “O Cácá, o que você está fazendo aqui”? E ele disse algo como vim na casa de fulana. Não sei se era a namorada, porque escutei ele falar todo machinho no telefone “estou saindo amor”, mas na ida, ele falou “é melhor vocês me esperarem”. Então não sei se ele veio atrás de uma galera, mas na certa sabia que era dia de parada, e do jeito que me olhou, estava querendo mesmo confirmar que eu era, porque qualquer um ali naquele domingo, debaixo da chuva, iria fazer o que em Jundiaí e ainda voltar tarde da noite? Sentou-se num banco e acho que pensou que eu iria sentar do lado dele. Sentei logo atrás pra o observar pela nuca. Mas não rolou mais olhares, a amiga lésbica entrou, conversou com ele e disse que ia lá atrás porque tinha mulher a chamando. Ele deu risada, pelo menos ele não é preconceituoso e tem amizades glbts, mas ou ele me achou bonito e se sentiu por eu ter desejado, ou é desses enrustidos mesmo e catou algum pelas beiradas. Logo depois, entra o moreno daqui que é bonito também e que pegou um do meu lado atrás do trio. Senta-se num banco do lado do meu e de vez em quando fica me olhando, como se ele estivesse pensando que seria melhor se eu é que fosse seu namorado por ser da mesma cidade. Nem olhei, porque ele já estava com outro lá e agora tava me secando?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.18


...Aí ele se esfregava explicitamente em mim. Por ele, se estivéssemos num lugar deserto ele iria fazer mais coisas, não teve freios, comecei a achar ele meio doido, se esfregando em mim com o pinto duro por baixo da calça, não sou culpado por ter despertado nele tanto tesão assim, rs. Depois se despediu dizendo pra mim não aprontar. Fui comprar pipoca e logo atrás, vi o mesmo cara viril de Campinas, de novo com travesti. Ele não curte homem, com certeza é desses t-lovers e vão para as paradas atrás de travestis, esta é a diversidade. Na rua caia uma garoa fina e vim embora logo, meio com medo de andar sozinho, tinha gays nos terminais de ônibus e vi um bêbado perambulando sem camisa. Passei na frente de um hotel e com certeza os dois morenos gatos que estavam no hall eram gays, de fora, hospedados ali só para a parada, pois me paqueraram quando passei. Mais adiante vi um grupo que devia estar passeando, percebi que eram gays quando um disse “não faça a bicha rica”. Vi um careca lindo, mas era hetero pelo jeito, não quis olhar/estranhar ele, rs. Estranhamente a praça do terminal estava fechada, acho que eles quiseram evitar de gays se pegando ali. Cheguei na rua do meu terminal e me abriguei num toldo de um bar fechado, longe. Logo reconheci que o carinha que estava ali, era da minha cidade e gay também, com certeza estava na parada, o vi pela 1ª vez na de Bragança. Ele atravessou a rua e não entendi, só depois vi que o ônibus estava saindo do outro lado, quase que eu perco, se não fosse ele ali. Atravessei e entrei na fila atrás do ônibus, embaixo da chuva. Imagine quem vi?...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.17


Fico chocado com estes que olham pra minha calça, logo pensando no pau, que obcessão. Ele parou no muro próximo, chamava ele pra dar uns pegas e ele nada, até que ele veio timidamente e desconfiado. Ele perguntava o que eu estava fazendo, desconfiado até que eu poderia estar armado, uma emboscada, depois me disse que eu era safado, só ali na estação catando geral. Eu disse que não, que sou tranquilo, mas ele é que foi se revelando tarado. O beijo dele era gostoso, uma boca delicada, o queixo uma delícia. Foi muito bom sentir de novo um abraço forte gostoso. Um outro gay passou olhando pra mim como se quisesse estar no lugar dele. Perguntei seu nome, era Paulo, da Vila Mariana, ficamos pouco porque ele não podia perder o trem, mas começou a me apalpar, foi ficando cada vez mais assanhado,até que enfiou a mão na minha cueca. Caramba, eu não tinha onde enfiar a cara, a estação estava lotada de pessoas que passavam e eu falava pra ele parar com isso. Ao mesmo tempo achei um tesão aquilo e deixei. Ele apertou o quadril no meu pra ninguém perceber a mão dele ali dentro e apertava tanto até eu ficar bem duro e depois começou levemente uma masturbação na minha glande. Ao mesmo tempo ele me dava beijos carinhosos no pescoço. Depois eu é quem quis aproveitar, já que não pego num outro pau a tempos, enfiei a mão na calça dele e antes apoiei minha perna levantada do lado pra disfarçar. O pau dele parecia uma minhoca pra baixo, ele disse que queria minha boca ali. Tirei a mão, só depois que ele mostrou que estava excitado e pelo volume, parecia que ia sair pelo bolso...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.16

Eu to aqui, rs:



Tomei coragem e iniciativa pela 1ªvez e o chamei, perguntei se era gay e se podia o be
ijar. Ele me deu um fora e disse que só está de boa. Apenas sai andando com ele, que disse ser de Franca. Aí o do piercing me viu seguindo com ele e comentou com o colega, viu só como eles se conhecem? Bom, não sei se o sarado disse “tô de boa” porque não quis ficar comigo por causa do outro que me abordou, mas sabe que logo depois ele para e chama um amigo dele, com uma voz grossa. Pensei, ou ele é michê e queria ganhar algo ou na verdade ele era homofóbico ou bandido pronto pra pegar sua vítima. Porque quando ele me viu sozinho, ficou parado me secando, me seguiu, não era possível ele não me beijar quando o chamei. Só que depois que o do piercing se enganchou em mim, ele deve ter achado que eu estava com amigos acompanhado, que não estava sozinho, pois eles podem pegar muito bem uma vítima sozinha carente no final da parada, afinal, estava ali parado de bobeira, disse que era de Franca, já ouvi de grupos de skinheads de lá, e depois não estava sozinho, pois chamou o amigo, que podia ser um comparsa espreitando de longe, agindo em dois. Bom, parei na parede da estação, esperando a chuva passar e fiquei ali sozinho, só paquerando quem passava. Até que um carinha moreno de blusa com capuz atrás, ficava andando pra lá e pra cá, trocamos olhares mas nada dele chegar em mim, não deve ter achado que eu era gay. Olhei com mais tesão pra ele, que se tocou e passou na minha frente, medindo o volume na minha bermuda e dizendo “delícia”.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.15

Completou-se um ano do ataque homofóbico na Avenida Paulista, a imagem acima é de um dos protestos contra o último caso.

...Mais tarde ela voltou com outra amiga travesti, barraqueira, que veio tirar satisfação com o cara, achei que ia ter briga de giletes. Um cara feio me perguntou se eu curto homem e veio me beijando, beijei sem vontade. Depois um moreno bonito, sarado sem camisa, mas baixo, parecia ser um exibicionista hetero, mas se não fosse pela voz não notaria algo gay nele. A chuva parou e a parada também, vim embora, enquanto duas travestis dentro de um carro ficaram me paquerando. Conforme andei um rapaz chegou em mim e nos beijamos, só aí senti que ele tinha piercing na língua. Em seguida ele abordou um negro sarado lindo parado de bobeira na calçada e o cara não quis ficar com ele. Logo em seguida que passo, o gostosão fica me olhando, como se estivesse mais interessado em mim, e depois que passo ele vem seguindo logo atrás. Olho pra trás e ele continua me secando. O carinha do piercing percebe o lance e parece até que tenta atrapalhar. Ele diz pra mim de longe “você é muito lindo, eu tenho que te beijar de novo”. Fico envergonhado. Se aproxima e eu digo que não vou beijar denovo. Claro né, se eu ficar com ele na frente do bonitão vai queimar meu filme. Ele insiste e engancha no meu braço andando assim comigo. Até que me canso, dou um empurrão e digo vai pra lá. Paro na grade pra esperar ele se distanciar pra não me encher mais e o chocolate, que eu disse que não ia ficar mais, mas era gostoso, passou. Olhou mas não disse nada...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.14



Só que ali batizaram de dark room e os casais ficavam se beijando, um ficava no colo do outro, apoiando os pés no alambrado como se estivesse subindo no polidance. Do meu lado, vejo o mesmo cara da rodoviária daqui. Por ser bem masculino, de boné e bonitão, nem desconfiei lá na rodoviária que era gay, mas daí o vi na parada e logo ele tratou de pegar um mulato, mais assanhado que ele. Não pareciam afeminados até começarem a dançar. Uma hora o ficante ou namorado dele começou a dançar doido e ele só olhando, depois olhava pra mim como se estivesse com vergonha do cara, ou então, arrependido de não ter ficado comigo antes, já que sou da mesma cidade e vim no mesmo ônibus. Depois o namorado dele puxou assunto comigo, quando brincou que roubei o esconderijo dele. É que quando choveu grosso, eu entrei literalmente embaixo do trio elétrico, atrás das rodas pra me abrigar, rs. Mas tinha casais que aquela chuva era sexo no chuveiro. De repente, passa uma travesti e olha me seduzindo, depois passa por outro casal de machos lindos e os seduz, sem respeitar que eram namorados. Ela tenta passar a mão no rosto do morenaço e ele reclama. Ela continua, dizendo que se ele curte pau, ela é completa e, meu pai, ela levanta a saia e mostra o pinto. Que horror, vi um pinto de trans pela primeira vez, acreditem que virei a cara pra um pinto, kkk. Que atentado ao pudor, o cara ficou uma fera e deu um empurrão nela, quase saio pra cima nos tapas, ela ainda olhava pra trás provocando, mas percebeu que o gay ali era macho pra valer, rs. Meu herói, hehe.

domingo, 13 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.13



Quando aquele bando de assanhado veio achando que eu ia beijar todos, deu medo, lembrei do furto do meu celular, eles podiam aproveitar que eu beijava um deles pra enfiar a mão no meu bolso. Não era um ataque de skinheads, mas de skingays, rs. O cara chegou perto do meu rosto e pediu “me dá um selinho”. Eu falei “só um selinho?”, e ele: “porque? você quer mais então vamos” Ele pensou que eu queria transar com ele, eu disse só um beijo e lascei um beijão, enquanto os amigos ficavam ao redor só no tesão de olhar e falavam “Nossa, nossa, que delícia” Eles queriam estar no lugar do carinha e devem ter me achado muito com cara de hetero pra não esperar que eu fosse dar um beijão na boca. Ficaram vibrando e excitados só de olhar. Quando parei, o guarda chuva colorido deste que beijei, virou no avesso com o vento, ficou destruído e ele disse “olha gato o que você fez comigo, me virou no avesso, kkk. E eles me convidaram pra uma festinha mais íntima, acho que iam fazer suruba. Fui me afastando enquanto um outro mais velho e mais baixo, veio na minha direção, como se fosse a vez dele de beijar, como se eu fosse beijar os 5 também. Ele estava com muita vontade e veio na minha direção pra ver se eu mudava de idéia e o beijar e só me dizia enquanto andava pra trás ainda me olhando: “Nossa que moreno, você é tudo de bom, tudo de bom”. Voltei pra frente do trio e não achei meus amigos. Começou a chover forte de novo e as barracas de bebidas que tinham lona, já estavam indo embora, o jeito foi ir pra trás do trio elétrico, que como a chuva era de vento, poupava ali atrás um pouco.

sábado, 12 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.12

Olha que passivo lindo, macho, viril com cu peludo:
Eis que de repente, surge aquela travesteen e me cumprimenta. Eu pergunto pra ela se já tinha acabado a parada. Ela agachou e me deu um selinho, sem noção deve ter achado que só porque falei com ela estava afim. Tornei a perguntar se a parada tinha acabado por causa da chuva, se tinha eu não voltaria pra lá. E nem escutava, perguntou de onde eu era e disse “quando vou te ver de novo?” Como assim? Deu outro selinho de despedida, eca, eu nem mexi a boca, mas não quis ser indelicado, sendo que ela me abrigou na hora da chuva. Só senti a boca dela como de mulher, e os hts que estavam do meu lado ficaram estranhando mais ainda, fizeram uma cara. Que adiantou eu fugir da Saleti Campari, hehe. Ela só conseguiu me beijar porque eu estava sentado, parado, queria ver se ia me alcançar de pé ou andando. Revi o amigo do que tem alargador de orelha, que catou o beijoqueiro aqui. A chuva parou e voltei. No caminho só me assediavam, mas o mais inacreditável foi quando 5 vieram pra cima de mim, hehe. Foi assim, passei por um grupo e um extrovertido até que bonitinho mexeu comigo. Como eu não tinha ficado com ninguém ainda, olhei pra trás, ele queria me beijar. Parei e voltei na direção dele, nisso quando os amigos dele viram que eu topei vieram tudo caminhando na minha direção me cantando, aí fui chegando e dizendo de longe “Aí não né, eu beijo mas um só”, e escolhi o mais bonito que tinha mexido comigo. Nunca fui tão assediado assim por tantos ao mesmo tempo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.11


Uma hora vi um muito parecido com meu ex, fiquei olhando e depois e pensei: “deus, por favor, joga sal grosso, faz uma sessão de descarrego, chega de ficar preso com sentimentos a ele”. No final do percurso, não sei se era travesti ou mulher mesmo, mas vi uma agachando no mato, não muito longe da calçada, tirando a calcinha e aquela busanfa, não queria olhar, só faltava ela querer cagar ali. Vi as performances das drags e uma trupe da capital, representando deuses gregos, num musical “está chovendo homem” cheio de erotismo, guerra de espadas, chupadas, beijos, numa campanha contra dsts. Achei um pouco exagerado e vulgar. Depois um dos dançarinos me paquerou, eu estava sendo paquerado até por quem se apresentava, rs. Revi aquele gogo de olhos verdes e aquele loiraço que também estava na daqui e na de Campinas. Caramba, ele não pode ser contratado pra estar nas paradas, porque nem sequer sobe nos trios. Fica lá com os amigos, se exibindo sem camisa, não dá pra entender, não o vejo olhando pra homem. Resolvi andar pela avenida até a estação, que levava uns 20 minutos. Sorte porque assim que cheguei caiu mais uma pancada de chuva e lá não tinha onde se abrigar. Não tinha beijado ninguém até aquela hora e as pessoas foram chegando na estação, como se todo mundo estivesse indo embora. Um moleque passou me paquerando e ainda olhou pra trás quando seguia pra estação. Ele ficou feliz da vida por eu ter olhado pra ele, se contentou, nem precisava me beijar. Um grupo de heteros parou do meu lado, um deles até dei umas olhadas e ele me reconheceu, mas cada um na sua.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.10

Hoje começa mais um Festival Mix Brasil. Este ano como patrocinadores tem o Sesc, a Rádio Energia Fm, o Uol e até a Globo. Achei bonitinho a iniciativa da emissora, mas vai ver que é por isso que não tem conteudo homoafetivo no teaser de divulgação desse ano. Confira o vídeo,que conta com Dindry Buck:
Já era noite. Fui pra dançar perto do trio antes que começasse o show das drags e aquelas músicas bate cabelo, só na Britney Spears. Um coiso ficava me olhando dançar. Começou a garoar e uma travesteen, abriu um baita guarda chuva colorido e eu e mais algumas pessoas aproveitamos pra nos abrigar das pancadas. Depois que parou, um cara se ofereceu pra colocar ela no ombro, ela ficou lá vibrando com o show, passou a mão na minha cabeça e pediu pra um outro tirar foto. Uma drag volumosa loira que se apresentou, depois me paquerou no final. Elas ficam olhando como se eu fosse voltar pra beijá-las. Teve uma que até era uma loirinha gostosa, só fui perceber que era travesti quando me olhou com aquela cara de tarada e eu fiquei bem longe delas. Dei uma volta mas só vi gente feia. Fiquei preocupado e toda hora colocava a mão no bolso ver se não tentavam roubar nada. Deram uma dica na tv que, quem vai fazer a Elza, sempre fica próximo e dá uma encostada antes, pra ver se a pessoa está ligada ou não, que se a pessoa, olhar pra trás ou enfiar a mão no bolso desconfiada, eles mudam de vítima. Não tinha nada pra roubar de valor meu desta vez, mas uma hora dei por falta do meu Halls num dos bolsos. Quer ver que enfiaram a mão de novo sem eu notar e levaram o que tinha primeiro, no caso o drops? Depois achei a bala no bolso de trás.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.9


Fui barrado por um funcionário no jardim de uma fábrica, quem quisesse se abrigar da chuva. Os decibéis do trio estavam tão exagerados, que quando passava do lado, o corpo tremia e o tum tum tum, parecia que ia pular o coração pra fora. Vi o Cris mais uma vez de longe, dessa vez com um lindo do lado, mas pra mim ele fingiu que não me viu. Havia um policial educado numa rotatória, orientando os gays a seguir por um lado da rua bem simpático, diferente de uns em sp que parecem que tem raiva e empurram você pra rua certa. Meio de relance reconheci o Rafael dançando numa calçada, tive a impressão de que ele também me reconheceu. Ele é aquele bissexual daqui que me deu um fora no msn e depois me adicionou denovo como se nem lembrasse, (depois conto quando encontrei ele dias depois). A chuva deu trégua um tempão. Já cansado, sentei numa guia da porta de uma fábrica. Tempos depois sinto cheiro de urina, achei que sentei no xixi e que estavam usando aquela parede como mictório. Era uma biba bêbada com uns amigos, sem camisa, de óculão e um micro shorts branco, que devia estar tão bêbado e lastimável que fez xixi ali mesmo no chão sentado e nem os amigos perceberam. Levantei do lugar quando um homem veio tirando o pinto pra mijar e do meu lado ainda, por isso que tiraram a parada da avenida principal. Este ano acompanhei o percurso inteiro, da saída ao encerramento. Fui no banheiro químico, que era chic e tinha até espelho na porta. Depois enontrei o Claudinei denovo, que perguntou se eu tinha achado o Cris, disse que estaria por ali. Eu queria era circular e achar algum gato.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Parada Jun.2011 part.8



Ontem no MTV Sports, filmaram em Jundiaí, num lugar de vagãos abandonados. E depois foram na pista de skate que era a mesma da rua da concentração da parada, logo reconheci, era do lado que eu estava. Até durante o percurso, o trem passou na malha ferroviária ao lado apitando para mexer com a parada, foi bem legal. Em vez do trem apitar Piui, apitou “E aí?”, kkk. Eu viajei naquela avenida após a estação, sei lá, tinha um espaço amplo, os postes de energia dos trilhos, uma aura de coisa antiga, de quem construiu tudo aquilo e ao mesmo tempo, algo urbano, de tanta gente que viaja e sonha fazendo aquele trajeto até a capital, até a praia, como se desbravassem um novo mundo. Mudei de ponto pra me abrigar da chuva e fiquei em pé num sozinho. As pessoas passavam me paquerando muito. Mais adiante sou parado pelo Claudinei, que me viu e me cumprimentou dizendo “até que enfim nos conhecemos”. Só o conhecia pelo msn e uma vez que o vi no shopping, mas dessa vez ele me reconheceu. Como ele queria namorar comigo não fiquei dando muita bola porque só o vejo como amigo. Troquei algumas palavras e disse que ia seguir pra me abrigar num lugar melhor. Como ele estava com amigos, não fiquei muito perto, ainda mais porque não disse que ia na parada, se não me convidou e preferiu os amigos, não me senti bem de bicão no meio deles. Vi o funcionário do mercado que me cumprimenta simpático e agora tenho certeza que é gay, pois estava com o namorado bem a vontade, e ele passou agora a fazer luzes no cabelo. É uma gracinha e masculino.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.7


...Já trabalhei com ele, e como ele tem muitos contatos acho que ia ser feio eu o ver, da minha cidade e fingir que não vi, fazer carão, pareceria que fui escondido lá, é bem melhor passar a imagem de que sou assumido e bem resolvido, as pessoas respeitam mais. Rodolfo ficou olhando como se estivesse arrependido de estar com outro. Vi o Cris lá, na minha frente do outro lado da calçada. Com uma cara, bom, é meu amigo, mas não sei se estava chateado com o episódio do Sílvio, pois ultimamente bloqueou meu msn. Não quis chegar nele, afinal, se ele não me viu e veio cumprimentar é porque não quis, sou bem alto pra passar despercebido. Também nem sabia que ele iria, tomou coragem, antes nem na de São Paulo ele ia, mas agora, que assumiu pra família as coisas mudaram. Eu também não queria ficar na companhia dele, ele fica com uma cara fechada que ninguém vai querer chegar nele. Choveu denovo e me abriguei num amontoado de gente em baixo de um terminal de ônibus. Tinha uns gostosos sem camisa atrás. De repente vejo um de menor se apoiando em mim pra descer do banco. O que aquele cotoco de 11 anos fazia ali sozinho? Sei lá o que ele disse para um careca sem camisa de ray-ban, meio gogoboy, não sei se o xingou de viado, só sei que o cara voou na direção dele pra intimidá-lo e o menino saiu olhando pra trás assustado. Claro que o cara não ia bater no piralho, mas era só pra botar medo nele, pois estes garotos andam muito abusados, acham que podem falar qualquer coisa, que se o cara é gay não vai bater neles.

domingo, 6 de novembro de 2011

Parada Jund. 2011 part.6


Mais adiante, encostei no muro e vi ela com a turma, sorriu pra mim e cumprimentei. Aí ela veio puxar assunto comigo e a galera veio junto, perguntou se eu era do babado e eu disse que sim. Ela vibrou, deve ter pensando que eu ia inventar uma desculpa. Perguntei se era lésbica, porque já a vi com menino antes. Ela disse que sim, isso foi a uns 7 anos atrás quando ela não era assumida. Lembro quando ela me paquerava. Agora, ela deu uma engordada, mas não sei se é bissexual, porque parecia ter ficado contente que eu seja gay, acho que elas estão cansadas de afeminados. Aí ela falou que eu também era pra namorada dela de cabelo curto do meu lado, bonita também, aquela que levou uma lata de cerveja da ex dela na minha frente ano passado e quase acertou em mim. Aí a namorada empurrou meu rosto carinhosamente com a mão, como se estivesse dando um tapinha num bofe, como diz “não olha muito senão eu tenho uma recaída”. Me apresentaram para os amigos delas gays, um deles é o que vi em Bragança, que vive me paquerando e na praça disse “E aí”. Cumprimentei ele, e agora vou ter que cumprimentar a criatura sempre pra não ficar como antipático. Um outro jovem afeminado amigo delas também me olhou e mandou um beijo de longe, deve ser o que fez sanduíche comigo. Agora é tarde pra voltar pro armário, este povo que ainda duvidava vai ter certeza que sou. Um outro daqui da organização também estava no trio elétrico e divulgou a daqui, ele me viu e como não parava de olhar, fiz sinal de jóia .

sábado, 5 de novembro de 2011

Parada Jund.2011 part.5

Em homenagem aos loiros, olha só este:Vi mais loiros que chamavam a atenção, um bem alemão, lindo que deu um beijaço em outro na minha frente, um sem camisa que, mesmo com a pulseira de rainbow no braço, não tive coragem de chegar de tão cara de ht que tinha, uma barriguinha normal tão sexy. Um outro também viril, só que com o namorado moreno, bonito também e com cara de ser delicado. Estava todo mundo namorando, o loiro do mercado apareceu de chapéu com um outro um pouco esteriotipado de mãos dadas, e ficou olhando pra mim. O Rodolfo, que eu fiquei na boate, passou do meu lado também com seu namorado, e também me olhou. Fiquei até sem graça, primeiro que é estranho ver alguém que eu fiquei com outro, e, se eu estivesse namorando, eu não iria olhar para os caras que eu fiquei, como se quisesse trocar. Se ainda tivesse amizade com eles, cumprimentaria pelo menos, mas se esbarrasse com quem já fiquei, não iria ficar olhando por mais de 3 segundos. Outro que vi daqui com namorado e que, por isso descobri que era gay, era um outro que eu já desconfiava do mercado, pelo jeito simpático que falava comigo. E ele dava uns beijaços no cara sem vergonha, mas sabiam que eu era da mesma cidade. Aconteceu cada coisa, estou lá dançando quando chegam umas pessoas e fazem sanduíche comigo no meio. Atrás estava um rapaz colado com as mãos nas minhas costas e na frente uma moça, até assustei. Só depois que reconheci que era uma lésbica daqui e elas gritaram o nome da cidade. Ficaram contentes em me ver por lá, eu fiquei é sem graça deles fazendo sanduíche e dançando provocante em mim.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Parada Jund. 2011 part.4


Caiu o pé d'água as 16 horas, me abriguei perto do parque. Pelo menos este ano dava pancadas e parava. Entre as 17hs até escurecer não choveu nada. Nem fiquei molhado como ano passado. Notei um aumento de público, cerca de 10 mil pessoas e 3 trios elétricos. Se não chovesse ia mais pessoas, também acho que foram muitas drags e travestis desistiram por causa da chuva, desmontaria a maquiagem e roupa. Logo que cheguei tinha uns gatinhos parados paquerando, mas este ano não ia ficar mais por ficar, só ia atrás se fosse bonito e me atraísse mesmo. Notei um bonito alto, simples, mas depois vi ele com outro cara e não sei se já era namorado que ele estava esperando encontrar. Alías este ano a concorrência estava brava, os que me interessavam ou já tinham namorado ou durante os percurso, já arrumaram um ficante, até os daqui já estavam acompanhados. Dei uma volta no meio do povo pra ver se achava algum conhecido, vi um narigudo que não me lembro de onde o conheço. Um cara tinha um corpão, mas de repente começou a rebolar funk, só depois que eles dançam que você percebe a fruta, rs. Um de olhos verdes e boné era um gatinho, mas afeminou com os amigos tanto que era um pena. Vi um loiro que era lindo demais, foi o que mais gostei na parada, mas ele já tinha namorado, um outro de olhos verdes só que feioso e um pouco mais velho. Não acreditei que aquele cara conseguiu um gato daqueles pra namorar. E eles visualmente eram tão masculinos que até reparei na cara que o guarda fez quando passaram de mãos dadas, tipo, não acredito que este com cara de pegador de mulher é gay.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Parada Jund. 2011 part.3


Aí também comecei a jogar charme, fiquei de pé bem de frente pra ele, ver minha altura e meu corpão. Novamente ele olhou por entre as lentes dos óculos, bem discretamente, mas parecia que curtia homem, até correspondia olhares mas fazia a linha sigilo absoluto. Adorei aquele olhar dele, talvez foi quando me levantei que ele descobriu que eu era gay e estava indo pra parada, mas não sei se ele só ficou me olhando por que achou que eu não estava querendo pedir licença pra passar. Devia ter uns 22 anos e aí já comecei a pensar, que já ia encontrar meu namorado antes mesmo de começar a parada, porque é muita coincidência 2 bonitões branquinhos do jeito que me atrai, correspondendo meu olhar, era um bom sinal, de que o mar estava pra peixe. Desci e a galera foi por outra rua, no Extra parecia o metrô quando tem parada, de tantos gays. Dois caras bem vestidos passaram pelo corredor, pra mim era heteros vendedores, mas depois vi eles dançando na parada, um usava uma gravata de arco-íris, mas o amigo mais olhava pra mulher. Esqueci que existem bissexuais. Mas dá até raiva desses heteros gostosos sem camisa que vão pra parada só pra serem admirados mas fazer carão pra os caras. Vai ver que alguns vão pra encontrar uma mina que curta outras pra realizar a fantaisa dele transar e ver duas mulheres juntas. Quando vi o mau tempo se chamando, pronto, deu um deva ju, de novo ia cair o dilúvio. E este povo da organização atrasou a saída marcada para as 13:30, só podiam estar esperando a chuva começar pra poder sair.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Parada Jund. 2011 part.2


Pelo menos dessa vez consegui ir sentado e o ônibus lotou, pelo menos contei uns 30 gays e lésbicas daqui. Uma algazarra de mp3 alto que até o motorista veio pedir silêncio, não se foi por preconceito ou por que atrapalharia ele dirigir, mas também na volta fizeram mais bagunça ainda, meninas gritando ardido, tenha dó, não é um ônibus de excursão, outros passageiros devem estar voltando cansados do trabalho. Logo vi um bonito na fila, achei que fosse, mas aparentemente não estava indo na parada. Pra meu desespero ele parou de pé do lado do banco onde eu estava. Dei umas espichadas pra ver o gato, e não é que me dava umas olhadas discretas também. Parecia o super homem discreto, de óculos de grau, olhos castanhos lindo, rosto quadrado com barba rala e um corpão grande, que reparei que tinha o peito peludo. Não sei se percebeu que era dia de parada e por isso dava aquelas olhadas só pra descobrir se eu também era gay. Mas o olhar dele, sei não, parecia ter me achado bonito. Uma hora o lugar do meu lado ficou vazio e ele sentou. Aiai, só faltou eu tremer, altão, corpão, encostado no meu. Não sei porque mas parecia que ele não estava olhando a paisagem mas virava pra olhar meu rosto. Foi quando, de repente, sinto um cutucão do cotovelo dele. Jesus, o cara estava querendo puxar assunto e comentou de um tiozinho que estava bêbado no ônibus. Aquilo foi uma tentativa de se aproximar de mim ou de escutar minha voz. Depois de um tempo, ele ficou de pé e parecia que ia descer, mas não desceu, acho que estava esperando pra ver se eu ia descer próximo a parada...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Parada Jund. 2011 part.1

Estou com umas coxonas, acho que andei tanto na parada que elas ficaram mais musculosas, e também fui com um abdominal com covinha do lado, que nem sei como consegui, eu me pegaria, kkk. Mas uma coisa nesta parada conclui: definitivamente pareço HETERO. Não é possível que mesmo com a fita no braço me perguntavam. Eu devia estar tanto com cara e corpo de bofe que nunca vi tanta travesti dando em cima como este ano, kkk. Cada coisa que vou contar que não sei se rio ou se choro. Pra começar, já perdi 1 hora e meia na rodoviária e pra enrolar, dei uma volta no quarteirão e um motorista de ônibus, de óculos escuro, que não conheço ficou me olhando e me cumprimentou. Será que as pessoas me cumprimentam por que tem medo da minha altura? Que nem quando a gente vê um cachorro grande na rua, logo vai falando “oi totó lindinho”, pra ganhar a simpatia do cão e não ser atacado. No rodoviária foram chegando os gays. Aquele adulto de Bragança devia estar caçando por que não foi. Vi uns rostos conhecidos. Umas lésbicas assustadoras, dessas que usam calça larga pra não definir a bunda e dar traço feminino, mas vi lá uma lésbica morena linda, gata, ninguém diria que é. A moça do balcão me dava informação sobre os horários de ônibus atrapalhada. Era uma loira gostosa e parecia que ficava atrapalhada ao me atender por me achar bonito. Quando o ônibus chegou todos correram e as lésbicas sem educação entraram na minha frente, que eu cheguei na fila primeiro...