segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Underground - Part. 3


...Ao mesmo tempo parecia ser preconceito da minha parte, o cara era legal, eu não ia rejeitar, mas também esse detalhe era muito grotesco pra ele tentar maquiar de mim. E ainda tinha as pessoas me olhando, elas devem ter visto o cara com dó, e mais ainda me olhado do tipo que devo estar muito carente pra ficar com qualquer um, ou ainda curiosas por ter me atraído por ele. O constrangimento foi tanto que logo incentivei o desejo dele de ficarmos mais íntimos e disse pra irmos embora. Pagamos no caixa, aqueles olhares, sai primeiro e bem que poderia ter corrido atrás da esquina. Mas achei uma puta falta de sacanagem, rs fazer isso com ele que foi tão gentil comigo. Aí me dá carona, o carro não era dos mais novos. Só que disse que me levaria até o ponto de ônibus, que meu ônibus passava no trajeto pra casa dele, deve ter entendido errado, pois meu ônibus não ia pela Anhaguera, então ele continuou dirigindo pela Vila Industrial e foi emboooooora, por lugares que não conhecia. Comecei a ficar receoso de ter entrado no carro de um estranho, dele me sequestrar e violentar. Bom, relaxei, já que estava na chuva era pra me molhar. Acabei entrando no condomínio dele, que morava num conjunto habitacional da prefeitura. Pelo menos era conhecido de alguns moradores que saiam cedo pra trabalhar e o cumprimentou. Ele devia ter uns 41 anos, e falou que tem filhos, foi casado com mulher até que não aguentou mais esconder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário