domingo, 11 de maio de 2014

Balada 86

Que eu ainda cumprimentei pela mão e ele estranhou que não tinha nojo dele, mas depois exagerou querendo um abraço. Dei a desculpa que meu homem tinha ciúmes pra eu ficar abraçando outro. Aí ele colou na gente, começou a fazer brincadeiras, falar alto nomes como mona, desacuenda, etc. Eu disse que ele sabia mais gírias gays que eu. Depois um outro que passava viu a situação e foi parando por perto também. O povo da capital já tem uma maneira única de lidar e enxotar os mendigos, como se fosse um não bem "vai pra lá, pra cachorro" Puxei o Alexandre e disse: "vamos sair daqui, vamos subir" já que eles estavam descendo. Era meu pretexto pra levar ele pra pracinha. De um hotel na esquina saíram uns que estavam na balada, incluindo o que pensei ser hetero, devia ser amigo do dj, nos olharam, mas fiquei grilado, se não era armação do Alexandre eu ali, e estes fortões iam me sequestrar, kk. As vezes dávamos as mãos e outras não, apesar de tranquilo ainda os fantasmas dos ataques homofóbicos persegue. Ficamos na praça do Conjunto Nacional, onde tem piscinas, fontes, câmeras que vigiam caso algo aconteça. Ali também já vi vários casais gays então não iríamos chocar, uns banquinhos pra namorar. O Alexandre foi logo colocando as pernas no meu colo e aproveitei pra passar a mão nelas, que delícia, nem peludas e nem depiladas, e aí rolou nosso 1° beijo...

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