Virada Paulista

Passei a virada do ano na Paulista, meus amigos já estavam no metrô paquerando os caras. A fila dava volta pelo Jardins e parecia coisa de outro mundo, eu após as 22hs, andando em São Paulo na night e enfrentando uma fila quilométrica que cortava o Trianon. O bom era paquerar e fiquei a vontade com meus amigos pra comentar de qualquer um que achasse bonito, cada macho. Lá no meio do povo, meus amigos que namoram não se sentiam a vontade pra se beijar e eu incentivava, até um casal de lésbicas parou do meu lado e se agarrava. Uns caras ficaram bem colados atrás de mim e mudei de posição, o bom era que com capa de chuva não tinha como me roubarem de novo. Entre os shows tocava uns batidão, como a tema da Barão da Gamboa,
♫Don’t Know What to Do♫. Uma hora passou um cara me dando umas olhadas que nem acreditei, ele só estava sondando pra ver se eu curtia, minha nossa. Passei até calor, o cara era musculoso, cabelo raspado, tatuado, que nem acreditei que um tipão daqueles estava a fim de mim. Depois andando no meio do povo, um carinha passou me paquerando, sabe aquela paquera boa que a gente sente falta? Ele era mais novo e foi gostoso me sentir alvo do seu desejo, parecia dia de parada gay de tantos. Vi alguns casais de homens de mãos dadas, com diferenças de idades e até uns que nem aparentavam serem, se não fosse o fato de estarem com a mão na cintura de outro.