sábado, 28 de janeiro de 2012

Balada 4

Marcelo Lagoas é um passivinho brasileiro delicioso:

Meus amigos ficavam fazendo graça, sanduíche comigo, o Rafa veio por trás, levantou minha camiseta e passou a mão, o Sílvio olhando tudo. Um outro esfregou sua cintura na minha e depois passou a mão no meu rosto, igual aquela lésbica que me deu um tapinha na parada. Isso a gente faz quando acha um bofe bonito com cara de malvado, rs, mas nesta atitude confirmei que um outro da turma também extravasou nessa brincadeira o desejo de passar a mão em mim. Depois, ele que nunca vi pegar ninguém e fazia a linha discreta, ficava no telefone e parecia que simulava que tinha um namorado e o cara ouvindo nossa algazarra, desligava na cara. Depois contou que tem 3 ficantes e que marcou com um deles lá. Quando vi tarde da madruga, um homem mais velho que parecia ser segurança de algum lugar pois estava vestido de social, mas não era segurança dali pois o uniforme era diferente, só de camisa branca sem paletó, estava na nossa roda e o vi conversando. Uma hora eles saíram juntos e ele não falou nada pra gente, eu que percebi. Na certa que foram fazer uma rapidinha no carro, que baixaria, o cara saiu do trabalho, discreto, direto pra uma boate pra comer um gay exótico, como se fosse ali no bar tomar uma cerveja. Que mundinho podre, de heteros fingidos, e o cara ainda me olhou meio com nojo, como se eu não fosse o tipo dele ou como se ele desdenhou porque não olhei pra ele.

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