Pediu uma batata frita e depois quando beijei, aquele gosto de gordura não me agradou. Como a música estava ruim, contei a ele que estava indo pra Unique e o convidei. Ele queria me curtir mas ao mesmo tempo com medo de perder seu ônibus, mesmo assim fomos voltando pelo caminho. Ele quis parar pra fazer xixi num monumento. Eu disse que não, que era louco, os policiais podiam aparecer, não sei como deixaram uns mijões num muro logo ali atrás. Aí ele parou pra urinar na grade que separava a linha do trem deserta e escura. Não estava vindo ninguém naquele momento, foi meio erótico saber que o meu moreno estava com o pau de fora bem ali perto de mim, mas virei o rosto pra calçada né e deixei ele sozinho como se fosse num banheiro público. A avenida era extensa e um cara passou com um olhar de desejo por nós dois, como se formássemos um casal bonito. As vezes parávamos para nos beijar e que beijaço, ele tinha pegada. Um momento fui eu quem o empurrei na grade e o beijei. Ele disse que era versátil também e até me pediu em namoro. Era de Valinhos, perto, mas natural de Sergipe, olha só eu ficando com um nordestino, se nem quando fui pro sul fiquei com um algum gaúcho. Bem que notei um leve sotaque nele. Falou que morava com um primo mas não disse sua profissão, que suas mãos estavam ásperas porque fazia alguns meses que tinha começado a malhar e estava puxando muito ferro, até pensei que ele podia trabalhar com construção civil e estava com vergonha de falar. O peitoral dele era mesmo tudo de bom.
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