terça-feira, 19 de abril de 2011

Virada Cultural


Mal entrei no banheiro do shopping Paulista, tinha uma faxineira que nem prestei atenção e um homem grisalho usando o mictório. Usei o último aposto a ele, nem olhei pro cara, mas percebi pelo canto dos olhos que ele urinava me olhando. KKKaramba, nunca passei por isso, mas continuei na minha, o cara terminou e foi lavar as mãos, também terminei, mas quando viro dou de cara com ele me observando pelo espelho. Continuei na minha, não sou de pegação ainda mais em banheiro, ele parecia ser um hetero qualquer casado, só que pelas olhadas estava procurando isso e como não correspondi achou que eu era hetero. O cara tinha idade pra ser meu pai. Fui um pouco no vão do Masp, tinha uns caras tatuados, um falava inglês, outros em espanhol, parecia que eu tinha saído do país. Não teve como não lembrar do Dani quando vi uma mini piscina onde demos o último beijo, saí logo dali antes que eu ficasse mal de novo. Resolvi voltar pro centro descendo a Augusta, aquele ar de prostituição, bebidas e drogas não estava me fazendo bem, tinha locais em que as ruas eram imundas, restos de comida, xixi e se bobear até merda humana. Numa travessa da Consolação tinha uma pick-up e fiquei ali um pouco escutando som, onde tinha mais gays, inclusive dois baixinhos que se beijaram. Uns outros marombados como gogoboys, mas que estavam na deles, não saem agredindo gays. Uma travesti doida, com uma roupa mais cafona ainda e uma baita berruga no rosto ficava dançando do meu lado. O pior era ver uns machos sem camisa, atraentes, chegar nela, os famosos ti-lovers, que gostam de travestis mas não de homens.

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