quinta-feira, 28 de abril de 2011

E aí Bi?

Uma vez estava na rodoviária e um homem meio bêbado me chamou assim: “Oh Bi, que horas são?”. Chamou de bi 2 vezes, pensei que estava me confundindo com alguém, mas parecia até que o idiota sabia que eu era gay. Ah vá, estes ficam o dia todo no bar cercados de homem e depois ainda ficam comentando de quem é gay e espalhando como se eu fosse o gay que eles tem na cabeça, que podem me rotular simpaticamente como se fosse íntimos deles, como uma garota de programa sempre fazendo favorzinhos sexuais se eles precisarem. Estou contando isso pra falar sobre o novo episódio do barfóbico. Era feriado e mesmo sendo dia santo estes jovens atoas não respeitam e praticamente armaram mesas na calçada o que impedia a passagem de qualquer um. Estava cheio de caras e tive que ir pela rua, só que de repente começam a me ver, muitos viram o rosto na minha direção e um maluco sentado grita alto “E aí Bi”, olhando pra minha direção, como se tivesse um pouco alterado e quisesse se aparecer para os colegas, como se soubesse que sou gay e quis tirar onda irritado. Como fiquei surpreso com a cena, fui encarando o cara no meio de todos os outros, como se fosse dar um soco na cara dele, se por acaso ele teria mexido comigo. Os outros caras do bar também olharam pra mim, achando que ele tinha mexido comigo, mas quando me aproximei, o cara fez sinal pra trás de mim, como se tivesse cumprimentado um outro conhecido lá longe e não olhou pra mim. Eu estava de fone de ouvido e podia ter entendido errado, podia ser algum Ri, de Ricardo ao invés de Bi, mas se o cara tinha mesmo mexido comigo, ele amarelou, do jeito que eu fui andando sério encarando-o na direção dele, eu só pensava: “não acredito que este babaca está tendo coragem de me provocar e mexer comigo só porque sou gay” Bom, se ele amarelou diante da minha reação, ou quis mexer comigo só pra se aparecer diante dos colegas e depois fingir que não era comigo só pra não ter resposta, não sei, mas se foi isso, ele também perdeu a piada, porque pelo fato de eu estar de fone de ouvido, posso não ter prestado atenção na gracinha e não ter me ofendido, nem ouvi direito mesmo.


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