terça-feira, 18 de março de 2014

Looking

Um vizinho gato sempre me cumprimenta, engraçado é que não é o único tatuado, que a princípio parece que é maloqueiro, tamanho nosso preconceito, nunca pensamos que um cara tatuado pode ser sensível, gostar de artes e desenho a ponto de fazer na própria pele, tinha um gatinho novinho, de barriguinha chapada, com um lindo Buda nas costas. Um desses tatuados não só conversou comigo no ponto de ônibus, como pegou na minha mão quando se despediu. Estava assistindo Revenge quando passa uma cena gay do encontro entre Nolan e Patrick que tinha me esquecido, e o gatão Patrick dá uma lambida no mão do outro. Minha mãe vê e diz credo, toda homofóbica ou não achando aquilo sexy. Não gostei das piadas do CQC sobre o programa Liga que só tem travesti. Tudo bem, que nas pautas até quando não tinha nada a ver o assunto, botavam a história de alguma travesti e o povo percebeu o exagero pela audiência, mas era um lado todo social e de inclusão, pras pessoas verem a realidade desta classe excluída. Isso demonstra como o preconceito é tanto, que passam tantas histórias de heteros e ninguém fala nada. Um adolescente com amigas me secou. Eu estava de regata branca chamando a atenção, um cara de carro também me paquerou. Falei na cara do vizinho que ele era gay, e ficou bancando o hetero, me chamando pra briga, kkk. Ah vá, quer fazer a linha católico que gosta de futebol, todo mundo percebe a voz dele afeminada.

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