A morena fatal que me paquerou
Tentei assoviar mas travei, ele ainda fez charme parado a alguns metros de mim, mas foi embora, não sei se é daqueles que não dão o braço a torcer e só ficam se os outros tomarem iniciativa. Tinha um olho bem definido. Fui pra parte dos camarotes já liberado e logo chegou um de camiseta rosa perguntando se eu estava sozinho, puxando conversa mas era um xaveco. Como não escutava nada por causa do som alto, falei se ele não queria ir pra fora, achamos um lugar lá em cima. Tirou o óculos e me contou que era de Minas, Pouso Alegre e que veio com uma menina que conheceu pela internet. Tinha 25 anos e quando contei a idade que estava fazendo, 10 a mais que ele, soltou um UAI muito engraçado que espantado pois eu não aparentava. Disse ser sincero, que não gosta de afeminados, falou sobre baladas, sair, etc. Mas de tanto papo e a hora de ir embora chegando, tinha que chegar nele pra aproveitar, quase peguei em sua mão quando derrubou o rayban. Aí no pé do ouvido, perguntei se ele chegou em mim com que intenção, disse que era pra me beijar e rolou dois beijões. Queria meu what's app mas nem sei o que é isto, sei que é um comunicador mas nunca vi ou usei, não tenho smartphone, acho que me achou velho e atrasado. Pegou meu face mas nunca me adicionou. Aliás, depois que conseguiu me beijar, disse que era seu presente de aniversário, mas não ficou comigo o resto da balada como eu queria, fui só mais um sem compromisso, que raiva. Foi meu 2° mineiro.
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