terça-feira, 19 de julho de 2011

Parada Gay part.18


Eis que vejo o Reginaldo (olha que levei um tempão tentando lembrar o nome dele), novamente ele estava em sampa no dia da parada, com mochila nas costas. Vi ele de barba, cara feia na cidade no sábado, provavelmente dormiu na casa de algum. Ele não me olhou mas bem que prestou atenção no que eu conversava com meu amigo, pode ver que eu tinha conhecidos e não estava tão enrustido assim. Meu amigo foi em outro ônibus minutos depois e eu fui sentado do lado de um homem que ficou descalço e roncava, no banco ao lado estavam os dois gays daqui, que ficaram meio que comentando ironicamente de mim. É daqueles que ficam com raiva só porque não correspondo as paqueradas deles. Cheguei na cidade e esperei meu amigo, subimos a rua da minha casa juntos e combinamos de ir na de Campinas, ele disse que me passaria o telefone de um cara que estava fazendo excursão pra lá e que lotou 5 ônibus pra da capital. Ainda assim fiquei meio sem jeito de me expor pra tanta gente daqui num ônibus e também, de ter que agüentar um monte de afetados fazendo escândalo na excursão. No dia seguinte não tinha mais aquela pressão de perguntas da minha mãe e também acompanhei vídeos, reportagens e notícias na tv, pude notar em quanto avançamos durante todos estes anos. Desde a 10ª parada que foi a minha primeira, notei um aumento considerável na visibilidade gay, principalmente no assunto “parada”. A tv noticiava a 15ª como um marco, valorizando os 15 anos, conquistando o respeito, um evento que já foi considerado como data turística.

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