sábado, 16 de julho de 2011

Parada Gay part.15


Depois um mais ou menos da minha idade descia com os amigos e me secou comentando: “Olha que bofinho”, até olhei pra ele, mas não tive a iniciativa de parar pra beijá-lo, não ia ficar com todo mundo que me xavecasse. Um outro também que nem percebi, só escutei ele falando pro amigo assim: “Nossa, este vale a pena”. Aí virei e eles me olhavam parando de longe, até parei mas o que falou não teve a iniciativa de vir me beijar. Só fiquei estranhando este comentário de que “eu valia a pena pra beijar”. Será que era hetero querendo experimentar outro homem? Mas estes elogios até levantaram minha auto estima, por um lado a parada tinha que ter valido a pena. Só que lá vem a ala dos policiais, bloqueando a volta pra Paulista, e fazendo todo mundo da Consolação descer pra República. Dessa vez não vi cavalaria e nem tropa de choque, mas o bloqueio policial era de uns 500. Tudo bem que é pra eles controlarem a multidão e pra não atrapalhar a outra ala da limpeza que vinha varrendo e jogando jato d´água na rua, só que isso é um saco, quem quer ir embora eles não deixam passar, a não ser que dêem a volta no quarteirão. Na rua onde estava vi que o quarteirão saía num condomínio e tinha que voltar outra quadra pra trás, parei e fiquei esperando, meio com medo daquela rua um pouco escura, mas tinha outros também esperando. Uma bêbada me parou e perguntou: “Como eu faço pra ir embora pra casa?” kkk. Perguntei se ela iria de metrô e aí falei que ela tinha a opção de esperar o bloqueio passar ou então dar aquela volta imensa. Ela foi seguindo o fluxo das pessoas, rs. Lúcido a gente já se perde, imagine embriagado.

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