sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Viaduto


...O sono era tão forte que falei pro cara chegar junto, só pra ficar conversando e não dormir. Ele tinha os olhos verdes e tinha bebido a noite toda. Aí conversa vai, conversa vem pra ter certeza que eu era gay, disse que tinha ido na Freedom e me convidou pra ir na casa dele, que morava em São Miguel Paulista e era uma porrada de horas também até lá de trem. Eu disse que não, que estava de boa, mas pra ele seria bom ficarmos de carinho, até almoço faria. Enfim ele ficou a fim de mim, que até uns 2 carinhas que namoravam na praça, passou e parou, ao ver ele me abordando, como se tivessem gostado de mim e se animado por ouvir que eu era gay, acho que iam até propor algo a três. Voltei pra República e tinha uns estranhos que eram meio b.o. Fui até a Hot Hot, que não sei o que acontece, não vi mais aquelas baladas que viram até meio dia. Na volta passei por um viaduto e vi um carinha me secando. Quis seduzir e atravessei a avenida pra tirar foto. Parei e ele veio na minha direção, mas só ficou cercando, sem coragem de falar, desceu as escadas e parou no meio delas, esperando que eu viesse atrás, talvez pra uma pegação ali. Só que além de não me atrair, sei lá, ali era próximo onde aquele carinha foi achado morto, e se o cara por mais cara de afeminado e inocente parecesse me assaltasse? Voltei pra Paulista e subi pela rua Augusta, já que da outra vez também caçei um interessante por ali.

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