segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Balada 72

Fui pra dark as 3 da manhã já que não tinha pegado ninguém e queria aproveitar antes do que da outra vez, que logo os seguranças vieram nos tirar quando o dia clareou. E não deu outro, as 5 já fecharam. Antes na sala, percebi um carinha de rosa me olhando, mas quando ouvi ele conversar com o amigo, tinha um jeito afeminado. Os dois ficavam tirando sarro das pessoas, reparando na roupa, no sapato grosso de um. Me paquerou mas depois fez carão, deve ter visto algum defeito em mim. Ouvi ele dizer para o outro que é muito detalhista. Então é melhor nem ficar com uma pessoa assim, que vai ficar vendo apenas seus defeitos. Acontece que devo ter agradado o cara, pois hora ele desistia e passava fazendo a egípcia, hora me olhava com tesão. Trombei com ele dentro da dark mas mesmo assim só ficou me olhando e não teve coragem de chegar. É a minha tal cara de hetero. Esperei ficar mais vazio, pra não perceberem que sou desesperado pelo dark. Neste dia até a música lá em cima era chata, e acenderam uma luz bem no corredor de acesso pra ficar mais visível ainda quem entrava lá. Entrei e já fiquei perto da porta, pois além de ser mais claro, qualquer coisa saia correndo, do que lá no fundo cheio de gente que pode roubar. Sempre fico grilado e atento aos bolsos. Aquele altão que havia me paquerado estava lá...

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