terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Balada 73

Ele acendeu o celular focalizando no chão, dizendo que perdeu a carteira. E veio revistar um moleque que quase fiquei, tirando sua carteira e olhando seu RG, depois o altão voltou do fundo e disse que tinha achado. Alívio? Claro que não, poderia se estivesse de bermuda, a carteira ter caído nos amassos. Mas logo deduzi que alguém pegou a carteira, tirou o dinheiro e jogou ali pra não serem revistado. Com muita sorte o coitado iria achar ela intacta. Lembrei de dois que conheço, que já foram roubados na The Week. Quando olho, tem um casal hetero transando lá. Que estranho participar daquilo, ninguém os tocava, mas dava pra ver, ambos baixos, a menina com a saia arriada, o rapaz com a calça nos joelhos, metendo naquele movimento gostoso. Depois nós os gays é que somos safados, por que estes heteros vão pra balada gls pra isso. Mas a sensação de estar na presença de pessoas transando é esquisito, uma mistura de vergonha com raiva de não estar participando, ou ainda por ser gay, de achar o sexo hetero estranho e até um pouco de dor de cotovelo por não ser como a maioria e ter este desejo "normal". Alguns caras paravam na minha frente e ficavam olhando pra ter a deixa se poderiam chegar, mas só ficava olhando um todo tarado ficando com vários e até fazendo sexo oral. Um nem queria beijá-lo sem o conhecer. Eu não queria beijar por causa do meu 100° beijo, mas estava lá só pra rolar uns amassos. Até que este meio tarado se interessou por mim, era bem bonito.

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