segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Balada 64

 Atrás de mim estavam uns bem típicos, desses que só falam de moda e estética, ficam reparando no corpo do outro e corrigindo todas as imperfeições, o amigo ia malhar e ele disse que de raiva ia malhar também. Na minha frente um casal hetero se pegava, até que a loira começou a me olhar disfarçadamente. Que loira fogosa linda, ela que ia pra cima do namorado. Dessa vez fecharam o lounge e a casa lotou mais ainda, com um calor que de vez em quando eu só dançava embaixo da saída do ar condicionado. Fiquei no mezanino, porque na parte de baixo acho um tédio apertado, empurrões e não tem a circulação como em cima. Logo que cheguei percebi uns gatos. Oba, a noite prometia, pelo menos voltou a ser frequentada como era quando fui pela primeira vez, mesmo assim, não foi muito. Já estava voltando mais uma vez sozinho, mas depois lembrei que não estava com azar, pois uns 24 me secaram, mas de todos lá, somente uns 13 eu ficaria e desses, uns 9 poderiam ser partido bom pra namorar. No final só ficou gente feia, cadê os bonitos ricos da capital? Claro, todos viajam nesta época. Logo eu estava enjoado da música house, parecia velho pra balada, e antes das 2 da manhã já estava cansado querendo uma poltrona. Aí virei de costas pra pista e de frente pra um bonitão sarado de regata. De repente, ele parecia ser o carinha que conheci na parada do ano passado, que morou no Taiti e que queria ficar comigo. Ele olhou algumas vezes porque eu o fitava, mas depois levantou, desceu as escadas...

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