segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Balada 68

E nem preciso comentar que odeio que me mordam. Só sei que viu que eu não era o tipo aventureiro que procurava, deu uma desculpa que os amigos estavam indo embora e foi, eu também disse que estava cansado (e estava mesmo, a música não me agradava, nem o ambiente, nem o público e nem o calor) e logo iria embora. Depois de horas o vi por lá, me olhou mas sumiu de novo. Engraçado é que depois que beijei um monte pelas escadas começaram a me notar. Eu devo ficar com cara de "tô pegando". No corredor do banheiro sequei um sarado, ele até me olhou, mas não deu abertura e eu também não tive coragem. Já no final da balada, o mais velho careca voltou a me cercar na pista, mas não dei bola aí param de me olhar. No metrô vazio, um cara estranho me olhou, cumprimentou e sentou do meu lado. Mas não volto tão cedo lá, quero conhecer a Maxx, que é luxo e perto. Ou então vou virar dj, pra tocar na balada o que eu acho que é bom. Agora, uns que acho que estão me paquerando, dão de me cumprimentar pra disfarçar depois que percebi. Até o cara que agiu homofobicamente aqui do bairro quando soube que sou gay, me cumprimentou numa boa. No Natal cada morenaço, preciso de um bofe bonito sorrindo pra mim. No reveillon da novela Amor a Vida, o flerte de Felix e Nikko estava tanto que achei até que ia sair finalmente o beijo. No programa Pequenas Empresas e Grandes Negócios, mostrou o setor glbt, como o de turismo.

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