quarta-feira, 2 de março de 2011

Um ano flertando

Passei por uma conhecida friendly que falava vulgarmente com outro ao telefone.
A lua azul inspirava romances. Dei uma volta e nada. Notas: Filme "Além do Desejo" fala da amizade de uma mulher com um travesti; uma mulher transexual quer se casar com uma outra mulher. É da hora quando vejo um cara normal, masculino, que nem imagino ser gay, paquerando um outro gostoso na rua, virando o pescoço pra ver melhor. Sinto-me mais inserido, cercado de homossexuais por todos os lados. A falta de amigos gays faz com que eu pense que sou a única pessoa no mundo a sofrer discriminação, que sou o mais infeliz. No programa “Minha Nada Mole Vida” teve uns diálogos tão idiotas sobre gays, que acho o cúmulo a Globo ser tão qualidade assim pra permitir um roteiro imbecil: sabe aquela história de que gay vira, que antes não era, que a mulher agora é lésbica por que o marido a deixou assim, coitada, é mais sapatão que mocassin, etc. Mudei de canal pra não vomitar na televisão, ainda bem que existe Rede TV. No Ponto Pê era o contrário: lésbica ficando com uma mulher casada, que tem sua 1ª experiência gay e seus conflitos de se aceitar ou não. Gay do lado da mãe que escutava ele dizendo que gosta do namorado do amigo. Outros revelando que ficam com homens mas eles não querem assumir. No Miss Universo, me senti mais gay pois vibrei mais que o Brasil em final da Copa do Mundo. Entre paqueradas na rua, só o Rô me interessou. Ainda não tivemos coragem de romper as barreiras, mais de um ano flertando.

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