sexta-feira, 25 de março de 2011

São Luis do Paraitinga

O Prô estava sentado e eu de preto passando. Ele anda cada vez mais malhado, assusta. Olhei com naturalidade mas ele com paixão. Por onde será que anda ele? Nossa, como eu esqueço esses do passado. No Shopping Dom Pedro, enquanto secava um moreno arrasa quarteirão, deixei escapar um suspiro natural que foi percebido por um cara no carro, foi tão engraçado. Vi a tragédia de São Luis do Paraitinga e coincidentemente lembrei de quando eu estava pensando em me assumir, das loucuras que passava pela minha cabeça, do medo de descobrirem, então pensava em fugir pra outra cidade, recomeçar minha vida em outro lugar que ninguém me conhecesse. Começei a pesquisar cidades ao redor, descartava as que já tinha ido ou ouvido falar, procurava uma próxima que nunca soube e que nem fosse vizinha de outras conhecidas, tudo na intenção de viver no anonimato. Pesquisei as cidades e a que tinha mais pontos favoráveis, apesar da cultura cristã, era esta. Tinha uma mulher como prefeita, uma cultura mística e muito turismo, onde eu poderia viver meu lado espiritual de autoconhecimento, viver de arte ou de guia turístico, pois a região era privilegiada pela natureza. Enfim, imagine se déssemos ouvidos a todas estas loucuras que a gente faz por medo ou por impulso, eu poderia ter minha vida arruinada pela tragédia que ocorreu lá anos depois. Por isso aconselho a quem está no armário, não se precipitar nas decisões, não tomar atitudes e escolhas baseadas no medo dos outros. Reflita e pense duas vezes, ainda hoje sinto que uma boa psicóloga sexual ou terapeuta me ajudaria e muito.

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