segunda-feira, 14 de abril de 2014

E vai rolar a festa

Outro dia, só de falar a frase em inglês "he is my future husband" já me deu umas resistências de tanto preconceito internalizado, como se o fato de eu ter marido fosse algo anormal que devesse me envergonhar. No caso da mãe do loiro dizer que não tem preconceito, acho de uma tal pretensão, por que desde quando algum gay precisa da aceitação dela? Fui numa festa da cidade que a cada ano está maior, e só gatinhos e tipos que é melhor nem olhar muito pra não passar vontade. Só numa fila de banheiro químico, parecia a fila dos gatos. Vi um gay que tem namorado, todo bem jeitosinho mas não me olhou, o fato de não me olhar não significa que não curte. Depois um casal de lésbicas vinham pela rua de mãos dadas, mas quando foram chegando perto do público, soltaram as mãos. Depois numa avenida, ouvi uma algazarra que parecia torcedores de futebol, acho que desceram do ônibus e pareciam se dirigir para a festa, mas não quis arriscar minha segurança, sozinho a noite e dei a volta no quarteirão pra não mexerem comigo. Umas adolescentes passaram de carro assoviando pra mim. Teve alguns caras me olhando por mais tempo lá, mas como saber se curtem né? O Break está lá, e como sempre e já sabia, em público ele prefere fingir não me ver, pra não ter que cumprimentar e os amigos heteros estranharem de onde ele conhece o gay aqui.

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