Minha mãe me surpreendeu este ano, domingo me perguntou quando era a parada de São Paulo, kkk. Acho que ela já estava pensando que eu quis zarpar um domingo desses. Será a 6ª parada de lá que vou, que comparação com a 1ª que fui escondido e ela achou que tinha ido pra outra cidade. Depois na 2ª vez, ela descobriu pela tv e perguntou se eu tinha ido quando cheguei tarde. Outros anos eu deixava pra contar na véspera, depois ela até começou a me ajudar com o dinheiro da viagem. E este ano quem diria, não só conto dias antes como a própria é que me pergunta. Uma época eu dizia que ia na “parada” e não na “parada gay”, o nome gay me causava desconforto, falar que ia na parada apenas, era o mesmo que falar que ia na balada, só que de rua. Falar a palavra gay me remetia a sexo, como se eu fosse atrás de uma transa. Mas está aí, a reação da minha mãe sempre era o motivo que me deixava ansioso antes da parada, parece que pelo menos dessa vez vou mais aliviado, pra vocês verem como tudo muda e passa na vida, tomara que todas as neuras acabem uma hora ou outra. Mas voltando sobre o vídeo do casal que adotou, eles quebraram de vez o padrão, adotando dois de uma vez, e ainda por cima meninos, que Bolsonaro sempre acha que vão copiar a sexualidade dos pais. Quando o menino perguntou pra um deles do por que terem dois pais, ele devia ter explicado o real, pois na cabeça da criança parece que são adultos amigos que resolveram os proteger, se fosse um casal, a criança tem o modelo e entende que os dois se amam e namoram, por que então maquiar a homossexualidade? É bem melhor explicar de uma vez sem neuras, a verdade sempre esclarece mais a criança e a prepara para o preconceito dos outros, eles deviam deixar claro que são dois pais, porque são um casal homossexual que namoram.
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