quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um Mês pra Parada


Um dos velhinhos ainda disse que “os gays deviam morrer todos, fazer uma limpeza no mundo”, aí o do lado que também era contra respondeu: “Aí já não pode, é discriminação”. Ou seja, a cultura de que o preconceito não é correto já foi disseminado, este senhor aprendeu só de ouvido, nestes novos tempos, do mesmo jeito que aprenderam que era errado, no passado. Uma outra senhora carioca disse que a incomoda quando sai no prédio e na orla tem casais se beijando. Que ela segue pro outro lado porque “eles” estão tomando conta de tudo. O pior foi o depoimento de uma moça na praia que disse sobre o casamento gay: “Sou contra embora faço”, como assim? Nem a repórter entendeu. Ela disse que faz, fica com mulheres mas que é contra, que sabe que pela Bíblia é errado. Mais um depoimento desses e a imagem de que ser gay é uma escolha que “sabemos que é errada”, vai ser perpetuar. Pra vocês verem como as crenças manipulam as pessoas, a própria cultura religiosa de muitos gays fazem eles negarem a si mesmo e acreditar que são errados. Ontem em Amor e Revolução, o personagem de Carlos Thiré começou a ser questionado sobre sua homossexualidade pela moça que ele dava em cima, ele dizia que não sabia se era gay. A novela retrata a época e termos como bicha e viado são permitidos, entre os soldados, um disse “cuidado que vendesse pega”. Ele dizia pra moça que sente atração por ela, e ela dizia que vontade mesmo ele tem é com homem mas não enxerga. E ele disse que já beijou duas vezes homem quando estava bêbado.

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