sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vai Fazer O quê ? - Final

Globo continua com seu slogan mais arco-iris ainda, agora em movimento, sinal subliminar de mais beijos gays em novelas e tratamento igualitário?

Ah, já estava de saco cheio de ouvir o mesmo de sempre, estas piadinhas de caipiras e atrasados daqui. A moça ficou quase com vontade de chorar pela cara, por ter chamado sua atenção como se fosse uma criança, uma mulherzinha subordinada qualquer e também por medo de a denunciar para o chefe e a fazer perder o emprego. Também temi pela reação do cara que podia ter estourado por me meter, mas fiquei com dó dela, não ia prejudicar seu trabalho só por uma infantilidade sua, tinha cara de ser recalcada mesmo. Quando sai, ainda bem que meu tio não viu a cena lá dentro, mas do lado do carro estavam aqueles gays que entraram lá, inclusive o que foi tirado sarro. Um deles o conheço de vista. Não sei me paqueraram, sabendo que sou gay e tesão, kkk, mas quando olharam senti no fundo da alma dele uma gratidão, como se o tivesse salvado e defendido e acho que sequer escutou as piadinhas que fizeram do jeito dele. Uma vez uma amiga disse que conhecia o dono de uma padaria, que estava tolerando um cliente afeminado, mas que um dia explodiu e disse que não gosta de gay e que preferia que não frequentasse mais seu estabelecimento, por que detesta essa gente que devia falar como homem. Fiquei numa mistura de nervosismo e auto confiança, nunca mais voltei lá, mas com certeza que isso sirva de inspiração pra mim e para outros pra não engolir mais sapos, de sermos gays assumidos, sem vergonha, assim como no dia que briguei com a vizinha e sai pelas ruas paquerando quem eu quisesse, pois não me abaixava mais pra maldade das pessoas.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Vai Fazer O quê ? - Penúltima Parte

Só falei: O que que tem? Firmemente. Se ela retrucasse eu ia fazer um escândalo, dizer que parece um caipira que nunca viu ou nunca foi numa parada gay, e olha que aqui também já teve várias. Que podia ter entrado ali uma travesti montada com plumas que a obrigação dela seria tratar bem. Isso se o dono não fosse idiota a ponto também de achar que gays afastam sua clientela, ah, mas ia receber um processo. O cara que começou me olhou com cara fechada, mas ficou mudo, não falou mais nada. Bem feito, se sentiu um panacão, por que acharam que sou hetero simpatizante bem mais evoluído que eles. Ainda por cima eu estava lindo, bem vestido, com cartão de crédito pra pagar um almoço de quase 100 reais, educado, fino, numa caminhonete enorme, kkk, acharam que eu era rico, influente e bem mais superior que eles pra aceitar as diferenças ou tomar alguma atitude diante do preconceito. E  foi bem na época que este quadro do Fantástico passava. O marmitex não ficava pronto, de forma que a moça teve que engolir ali na frente dela por um tempão. Quando falei estava tranquilo só da cintura pra cima, das minhas pernas pra baixo tremia, por que além de poder estar me expondo, nunca tive uma atitude assim, tanto pra defender alguma injustiça contra outra pessoa como pra me defender da homofobia também assim, mesmo que indiretamente...

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Vai Fazer O Quê?


Cheguei em casa quase meio dia e nem dormi, meu tio veio em casa e queria que fosse com ele num restaurante pegar comida pra gente almoçar em casa. Aí fui, entrei sozinho no balcão e fiz o pedido, que demorou uma eternidade. Nisso entra alguns gays afeminados que vão para o lado oposto do restaurante onde tem uma loja de conveniência. Um cara de uns 38 anos no máximo, viu de longe e estava tirando sarro, comentando com a moça do balcão. Esqueci exatamente quais foram as palavras, mas percebi que o cara era desses homofóbicos que não podem ver um gay, e eles nem estavam fazendo escândalo, apenas tinha um trejeito e shorts curto. Só que do jeito que o cara comentou era como se eles não pudessem entrar ali no restaurante. Só que o que subiu meu sangue foi que a moça do balcão, funcionária, entrou na dele e fez um comentário do tipo: olha o jeitinho dele. Ela não tinha que falar nada, como funcionário está ali pra atender todo mundo sem distinção, não sabe lidar com as diferenças então não trabalhe com público. Aí olhei bem pra cara dela e disse baixo e educamente: Pare de ser ridícula. Ela não entendeu, achou que pedi com "rúcula", rs e chegou mais perto. Repeti: Pare de ser ridícula. Ela riu e falou: "por que?, devo falar 'o jeitinho dela'?" A idiota ainda ironizou. Aumentei o tom da voz e firme defendi os gays igual no quadro Vai Fazer Oquê do Fantástico...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Subway - Final

e quis ir lá tomar passe por que acredita nessas coisas. Lá fui com ele, e os moralistas espíritas deviam ter visto na nossa aura que viramos a noite numa balada gay do jeito que olhamos, sei lá se pensaram que fóssemos namorados. Se bem que fiquei tanto tempo enrolando até seu ônibus aparecer que era uma companhia. Ele tinha um queixo quadrado. Só que foi me sugando, de ficante fiquei mais de amigo conselheiro, mas ele disse que foi ótimo ter me conhecido, que eu era alto astral e minha presença só lhe trouxe coisas boas. Enrolamos no centro, achamos um lugar que batia sol e ficamos sentados na calçada, mas sem trocar carinho. Até queria dar mais amassos nele mas não havia lugar e também notei um distanciamento dele. Quando nos despedimos ele não tinha face, só um twitter que mal mexia. Em casa, foi mais do que suficiente pra descobrir mais sobre ele, vi nos últimos posts que tinha outro cara, que eu estava ali de consolo e por isso o distaciamento de quando o beijei, foi um beijo morno, ele ainda estava ligado com o outro cara, e tinha até um nome carinhoso para ele, mas parece que levou um pé na bunda. Foi a 1ª vez que tive essa sensação de ter conhecido um cara que gostava ainda de outro. Depois nem entrei mais em contato, embora combinamos de sair outras vezes como amigos, agora, o que me aconteceu na manhã deste domingo, merece um outro título de post...

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Subway - Penúltima Parte

O gif de hoje tem americano e israelenses tesudos, um que fazia excelente beijo grego e um deus grego de olhos azuis. Tentei abraçá-lo, mas como estávamos na rua, procurei alguma praça pra ficarmos mais a vontade. Só que o dia estava clareando e o movimento de pessoas na rua aumentando. Na praça do centro de Convivência temíamos viciados, então sobrou pra ir na Praça Carlos Gomes que é linda, tanto a natureza, jardins e lagos como as palmeiras imperiais enormes. Sentamos na gramado e tive a iniciativa de dar um beijo nele. Foram beijos mornos, por que ele estava com muito medo de guardas ou homofóbicos. Peguei na sua mão, que disse que as minhas eram macias. Aí senti que ele estava resistente a receber carinho, como se as pessoas não fossem confiáveis. Fui conhecendo mais ele, que tinha uma espiritualidade parecida com a minha, meio filósofo, e trocamos muitas idéias boas. Ele ficou andando comigo pra lá e pra cá, fugindo do frio da manhã, ainda mais em alguns quarteirões cheios de prédios, que as luzes do sol não alcançavam. Quis entrar na igreja e fui com ele tirando o boné, ai no banco, ele disse que precisa dormir um pouco pra tirar o sono que estava incontrolável, sendo que na noite anterior ele já tinha saído, e me confessou que transou com um cara por carência, mas que nunca mais faria isso, por isso que foi apenas pra curtir de boa a balada. Depois da cochilada, ele descobriu que havia um centro da federação espírita...

domingo, 18 de agosto de 2013

Subway - Part. 2


Uma travesti velha fazia a apresentação, mas mexia com a platéia zoando, de modo que fiquei distante. Mas cada tipo que fico lá, nunca vi, geralmente uns que sequer acessam internet, ou gostam ou tem habilidade virtual. Tudo bem, que por ser o lugar mais barato da cidade, deve só dar gay pobre lá. Não tinha ficado com ninguém mas vi dois dando sopa, me olhando. Um achei mais bonito, de boné. Só que o outro começou a dar em cima dele, puxar assunto, de forma que já pensei que ia ficar chupando o dedo de novo. Só o que o de boné, ainda insistia em me olhar, de forma que quando sai de lá, veio andando logo a frente, o alcancei e puxei assunto. Se chamava Luciano, não acredito, era o 2° Luciano que fico em sequência. Falei que o achei bonito, ele também me elogiou dizendo que eu era muito bonito, e depois citou lá no hall, que até teve um o abordando mas respondeu que estava de boa, pois estava mesmo de olho em mim. Tocou nas minhas costas, perguntou sobre minha idade, se já tive outros relacionamentos, tinha uma voz bem tranquila e madura. Disse que estava morando em Campinas a 1 mês, com uma amiga, tentando ganhar a vida lá pra ver se daria certo, mal conhecia as ruas lá ainda, mas estava inseguro, ele tinha um histórico de depressão, sei lá parecia que perdeu algum familiar.

sábado, 17 de agosto de 2013

Subway

Não ia gastar dinheiro pra ir ali tão perto e o achava bem pintosa. Aliás de manhã cedo, eles estavam rondando o banheiro da rodoviária, fazendo banheirão. Ele disse que era seu amigo feio que não pegou ninguém é que não saia de lá, mas lembro bem um dia que ele ficou na rodo daqui. Me toquei que por isso que tem muitos gays quando apareço lá cedo, ficam de olho espichado nos mictórios e até tem cartazes advertindo que é crime de atentado ao pudor mostrar partes íntimas no banheiro público. Lembrei do dia que meus amigos disseram que iam embora e depois vi eles no mesmo banheiro, dizendo que chegaram aquela hora, que haviam se perdido, sei. Vi os michês novamente em outras vielas e fiquei com medo, vai que acham que estou fazendo programa no território deles. Depois perto do terminal do mercado municipal vi um bonitinho, que olhei mesmo. Tive certeza que era gay quando olhei pra trás e ele também olhava, só que andamos assim, o tempo todo se olhando, mas não tive coragem de chamar, perdi uns bons beijos. Na Subway ia ter um especial niver da Madonna, só com clipes e muita música dela. O Show de drags, realmente, tinha uma trans que era uma cover perfeita, bem vestida, nada vulgar, peruca channel loira, mas de longe parecia mesmo que Madonna estava ali.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Parada Campinas 2013

Jimmy Fanz é um tesãozinho passivo, branquinho e com pêlos viris.

Na parada de Campinas em 2013 teve show da Joe Welch no final, muito simpatizante, e Léo Aquila durante o percurso fazendo perfomances em cima do trio, parecia que ia chover o dia todo, mas o dia abriu e saiu até sol, só  que mais vez não peguei ninguém, só lá pro final um mais velho com roupa rasgada veio em mim enquanto comia hot dog. Sempre deixo pra lanchar depois que beijei por causa do hálito, agora que comi quem ia comer me beijar com sabor de salsicha? Mas ele começou a fazer aquelas perguntas do que curto na cama. Ah vá, mal conheci, queria mesmo é uma transa casual, sair dali pra trepar, como se só enxergassem sexo. Quase que topei tamanha carência, mas ia me arrepender. Voltei na Subway, mas antes enrolei pela centro, passei por uma rua onde uns caras meio enfezados, notei logo que eram garotos de programa, ainda bem que não mexeram comigo pois devem ter pensando que eu era hetero, mas devem ser estes barra pesada, que embora bonitos, dão boa noite cinderela ou são homofóbicos só ficando com mulheres. Só escutei um dizendo que uma mulher ofereceu 200 pra passar a noite com ela. Também vi uns gatinhos em volta do quarteirão do bar gay, inclusive vi lá o Murilo. Não contei, ele me abordou na rodoviária dizendo se não queria dividir táxi que ia na Lewel A....